A audiência pública agendada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a manhã desta terça-feira (6) está sendo marcada por mais um protesto promovido pelo Sindicato dos Urbanitários e movimentos sociais contra a privatização da Eletrobras. No dia 27 de fevereiro, a audiência foi cancelada devido à mobilização.
O governo do Estado disponibilizou um forte aparato policial, com 260 militares de vários batalhões, para tentar assegurar a realização da audiência, mas até o momento, devido à presença dos urbanitários no auditório da Esmal, não é possível determinar se a audiência irá ocorrer de fato.
O clima é de tensão absoluta, com trabalhadores e policiais ameaçando se confrontar. Os sindicalistas arremessam objetos contra os militares, que respondem com bombas de gás. O confronto parece ser iminente.
Representantes do sindicato informaram que irão acionar o Estado na Justiça, para que ele explique a operação que visa impedir o acesso da população à audiência pública. O sindicato se posiciona contrário à privatização, que classifica como “processo de entrega da maior empresa pública do estado de Alagoas”. Simultaneamente à audiência, trabalhadores rurais ocuparam a sede da Eletrobras, no bairro do Farol, em protesto ao processo de privatização da companhia.
Em janeiro desse ano, o presidente Michel Temer (PMDB) assinou o projeto de lei que propõe a modelagem de venda da Eletrobras.