Com 625 apresentações artísticas e mais de 1.600 horas de oficinas previstas para 2018, o Palco Giratório, iniciativa do Sesc de difusão e intercâmbio de artes cênicas, se consolida como a maior ação do gênero no Brasil. Ao longo de 2018, as atividades terão lugar em 132 cidades de 26 estados e Distrito Federal, trazendo uma programação caracterizada pela diversidade de expressões, qualidade de espetáculos e ações formativas com grupos das cinco regiões brasileiras. Como sempre, a proposta é destacar questões presentes na contemporaneidade por meio da arte.
Nesta 21ª edição, o Circuito Especial do Palco Giratório destaca o circo, e tem como homenageado o Palhaço Biribinha. Patrimônio Vivo da Cultura Alagoana, Teófanes Antônio Leite da Silveira tem um histórico de engajamento e resistência para com as artes circenses no Brasil. Para o Circuito Especial, uma lona de circo ficará montada pelo período de até 20 dias nos estados por onde circular, funcionando como ponto de encontro para apresentações de grupos circenses locais, ações formativas, palestras e números – além das apresentações da própria Cia. Teatral Turma do Biribinha.
GRUPOS ALAGOANOS
Em 2018 dois grupos alagoanos estão participando da circulação nacional a Cia dos Pés de Maceió e a Turma do Biribinha de Arapiraca. É a primeira vez que a curadoria do palco nacional seleciona grupos alagoanos para participar da circulação nacional. Até o ano passado o projeto realizado Alagoas trazia para o circuito grupos de outros estados, os grupos alagoanos tinham uma participação na programação local. O palhaço Biribinha outrora já circulou pelo palco mas na ocasião ele foi indicado por outro estado, dessa vez além de estar indo como representante de Alagoas ainda é o homenageado da edição e é a primeira vez na história do Palco Giratório que estamos levando uma lona de circo que será montada em algumas cidades do Brasil. A programação do Palco em Maceió será 01 a 07 de abril.
Criada no ano 2000 em Maceió, sob a direção de Telma César, a Companhia dos Pés tem como principal interesse o desenvolvimento de processos investigativos para a produção de conhecimento em dança, sobretudo, na forma de espetáculos. As principais referências para o desenvolvimento desses processos são o Sistema Laban/Bartenieff, a Educação Somática e a cultura de tradição popular do Brasil.
O palhaço tradicional e a música inusitada são as principais características desta companhia familiar fundada por Teófanes Silveira (Biribinha) há 30 anos, que desenvolve a linha do circo-teatro nordestino.
O lançamento nacional do Palco Giratório será em Belo Horizonte (MG), no dia 22 de março, com uma mostra de cinco dias que terá a apresentação do Cia. Teatral Turma do Biribinha (AL) e os espetáculos “Fauna” (MG), “Looping: Bahia Overdub” (BA) e “Farinha com açúcar ou sobre a sustança de meninos e homens (SP). Além do circuito nacional, o Palco Giratório se desdobra em 33 Aldeias, mostras regionais de arte e cultura que recebem a programação.
O processo de seleção dos grupos participantes do Palco Giratório é feito por uma equipe de curadoria composta por 34 profissionais do Sesc, de todo o Brasil. Ao longo do ano, os curadores indicam até cinco espetáculos de seus estados, que são apreciados pelo grupo durante o Encontro Nacional de Artes Cênicas. Partindo da diversidade, aspecto-chave do Palco, são analisados critérios como a heterogeneidade de expressões artísticas, regiões, estados e faixas etárias dos espetáculos. Para 2018, foram selecionados 20 grupos provenientes de 12 estados e do Distrito Federal.
Programação:
Sinopse: Um grupo de velhos mascarados visita um bairro da cidade povoando o cotidiano dos moradores com imagens saudosistas do passado. No Episódio I – Estranhos Visitantes, o público é convidado a fazer um passeio pelo bairro, no qual os mascarados realizam ações cotidianas e estabelecem relações com os moradores e transeuntes.
18h | Serraria Souza Pinto| Lona
21h | Sesc Palladium | Grande Teatro