Com a implantação do Serviço de Oncologia Ortopédica, a Santa Casa de Maceió deu um passo importante no tratamento de pacientes com tumores ósseos e de partes moles em Alagoas. Um dos principais alvos é o público infanto-juvenil, onde o câncer ósseo é mais prevalente. Já entre adultos, a neoplasia de partes moles e metástase são mais recorrentes.
Conforme o ortopedista oncológico Renato Pedrosa, a literatura médica estima uma média de oito casos de osteosarcomas por grupo de 1 milhão de habitantes/ano. “Considerando os três milhões de alagoanos, temos uma estimativa de 20 pacientes com este tipo de câncer por ano, muitos deles subnotificados nas estatísticas e vindo a óbito sem buscar sequer tratamento”, comentou.
As mulheres também se beneficiam com a nova especialidade, uma vez que 70% do tumores de mama apresentam metástase óssea, uma das principais manifestações da doença. “A oncologia ortopédica atua na prevenção de fraturas patológicas e no tratamento cirúrgico, caso elas venham a ocorrer”, explicou o médico Renato Pedrosa.
A doença
O câncer ósseo e de partes moles, também conhecidos como sarcomas, são tumores originados de tecidos como músculos, tecido adiposo (gordura), cartilaginoso, ósseo e tecidos que fazem a união de outros tecidos.
Sem apresentar fatores de risco que ajudem na prevenção e sem possuir exames de rastreamento, a patologia é descoberta muitas das vezes de forma acidental. Dois sintomas, entretanto, podem ser visíveis: dor e aumento no volume da área atingida. Este sintoma, entretanto, pode indicar um tumor maligno ou benigno, o chamado Lipoma, que é mais frequente do que o tumor maligno.
Tratamento
Quando se fala em tratamento, o procedimento é cirúrgico e radical: ressecção do tumor com margem de segurança e livre. Nos sarcomas, a primeira cirurgia é determinante pois, se realizada por profissionais inexperientes, a chance do tumor retornar (a chamada recidiva) é muito grande e a cada nova cirurgia a taxa de recidiva aumenta pela dificuldade de se retirar todo o tumor.
