Doença que provoca dor e deformação no pênis tem tratamento em Alagoas

Ascom / Santa Casa de MaceióUrologista Mário Ronalsa

Urologista Mário Ronalsa

No início, o paciente sente dores no pênis que impedem até mesmo a relação sexual. Semanas depois as dores passam, mas o pênis começa a apresentar uma progressiva curvatura incomum (mesmo não estando ereto), o que provoca dores inclusive na parceira.

As dores e a tortuosidade do pênis – que pode alcançar ângulos de 30° a 90° – são os principais sinais visíveis da doença de Peyronie, patologia inicialmente citada por Gabriel Fallopius em 1561 e que, posteriormente, foi estudada e descrita por François Gigot de La Peyronie. Este francês era ninguém menos que o médico pessoal do Rei Luis XV da França, em 1743, e que, desde então, teve seu nome associado à doença.

Mas, o que é a doença?

Acredita-se que a doença de Peyronie seja provocada por seguidos microtraumatismos provocados durante a relação sexual. Devido a mecanismos não desvendados pela literatura médica, em alguns homens a cicatrização ocorre por meio do colágeno. Em outros, entretanto, por meio de fibrócitos, ou seja, por meio de placas de fibras que se calcificam.

A doença de Peyronie tem duas fases, uma aguda e outra crônica. Na fase aguda ocorre a formação de placa fibrosa e rígida no pênis, o que provoca dor e impede relações sexuais. Na fase crônica a placa fica estável e a dor desaparece, mas o pênis permanece torto mesmo não estando ereto.

Problema atinge vida sexual do casal

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A doença de Peyronie é mais prevalente no período de pico da vida sexual masculina, na faixa dos 45 aos 65 anos, incidindo entre 9% e 10% da população masculina nesta fase.

O detalhe é que a doença não causa apenas dor. Ela atinge a vida e o emocional do casal, principalmente do homem, levando 46% deles à depressão e 30% à disfunção erétil devido à deformidade do pênis.

A doença pode passar despercebida em aproximadamente 12% a 13%, que melhoram espontaneamente. Em 40% a 50% tendem a permanecer estáveis. Os demais tendem a piorar.

“O problema é que não há como prevenir a doença de Peyronie. O que os homens precisam fazer é estar atentos se há casos semelhantes na família, já que há uma forte suspeita de fatores genéticos envolvidos”, diz o urologista Mário Ronalsa.

Procedimento livra paciente de dores e incômodo

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Um paciente operado na Santa Casa de Maceió mostrou-se aliviado por ter se livrado das dores e do incômodo de ter um pênis deformado. “Estamos com grande expectativa. Só o fato de as dores terem cessado já é motivo de comemoração”, comentou.

A doença de Peyronie vem sendo tratada historicamente de forma clínica com drogas utilizadas por via oral. Também já se utilizou gel, injeções, a Litotripsia por Ondas de Choque (a mesma utilizada em cálculos renais) e alguns procedimentos cirúrgicos, que não chegam nem perto dos resultados promissores que a técnica do enxerto peniano vem mostrando em todo o mundo.

Foi justamente esta técnica cirúrgica que o urologista Mário Ronalsa vem realizando no centro cirúrgico da Santa Casa de Maceió.

“Trata-se da incisão ou retirada da placa fibrótica peniana, com a colocação de um enxerto biológico desenvolvido por empresas especializadas em engenharia de tecidos. O enxerto recompõe o espaço anteriormente ocupado pela fibrose, restabelecendo a elasticidade do corpo cavernoso e a forma da haste peniana”, finalizou Ronalsa.

Fonte: Ascom Santa Casa de Maceió

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