Categorias: Brasil

Mulher é assaltada e perde cadeira de rodas de quase R$10 mil

Alvaro Muller

Alvaro Muller

Como se não bastasse o trauma de se ver cercada por bandidos e agredida com uma arma de fogo apontada contra si, a vendedora autônoma Eliane da Silva Santana, 50 anos, precisa de ajuda para comprar uma nova cadeira de rodas motorizada. Ela foi vítima de assalto no último dia 29, por volta das 13h30, na Rua José Luciano Siqueira, bairro Pereira Lobo, em Aracaju.

Eliane aguardava a família para a viagem da Semana Santa, quando foi abordada por quatro ou cinco assaltantes, um deles de revólver em punho. “Fiquei com tanto medo que não consegui contar quantos eram de fato. Eles gritavam para que eu descesse do veículo e eu respondia, chorando, que era cadeirante, não tinha como descer. Me jogaram na rua, meus pés ficaram embaixo do carro e eu tive que rolar para não ser atropelada. Levaram meu veículo com uma cadeira de rodas avaliada em quase R$10 mil, jóias da minha sobrinha, roupas, colchão, ventilador, tudo”, recorda Eliane, que foi retirada graças à ajuda de pessoas que passavam pelo local. O veículo, modelo Ford Ecosport, foi abandonado no Conjunto Coqueiral e encontrado no mesmo dia do assalto.

Agora, a autônoma precisa de ajuda financeira e faz campanha nas redes sociais para substituir a cadeira de rodas motorizada que havia ganhado de presente de amigos. “Graças a Deus estou com vida, meus pés ficaram machucados mas já cicatrizaram, meu carro foi encontrado um pouco danificado, mas agora eu preciso de minha cadeira de rodas”, diz. Com um orçamento em mãos, Eliana mostra que a cadeira de rodas, modelo Styles 45, custa R$9.595. Enquanto arrecada doações, ela tenta lidar com o trauma de mais um cidadão vítima da insegurança. “Depois do que passei, aconselho todas as pessoas a não ficarem dentro do carro, em telefone, porque o nosso Estado de Sergipe está desse jeito aí. Estou arrasada, triste, à base de remédios, com a pressão muito alta, todas as pessoas que chegam perto de mim eu acho que querem me roubar ou me bater. Que isso sirva de alerta para todos”, comenta