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Em assembleia, militares rejeitam proposta do Governo e Operação Padrão continua

O governo ofereceu 12% de reajuste salarial, parcelado em quatro anos

Reprodução / Whatsapo

Em assembleia, militares rejeitam proposta do Governo e Operação Padrão continua

Na tarde desta segunda-feira, 07, representantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar rejeitaram, em assembleia realizada na  porta do Palácio República dos Palmares, no Centro de Maceió, a proposta de 12% de reajuste salarial na forma como foi apresentada pelo Governo do Estado: 5% em 2019; 5% em 2020; 1% em 2021; e 1% em 2022.

Com a negativa, a categoria e associações representativas confirmam que a Operação Padrão, estabelecida desde o início do movimento, ainda em abril, continua. Os militares diminuíram a adesão aos programas Força Tarefa e Ronda no Bairro, e se recusam a utilizar munições e viaturas fora dos padrões, além de não descartarem a possibilidade de aquartelamento.

A proposta foi apresentada às associações pelo secretário de Segurança Pública de Alagoas, Lima Júnior, ainda na última sexta-feira (4). Para 2018, os militares teriam apenas a reposição da inflação, assim como as demais categorias de servidores públicos.

De acordo com as associações, técnicos contábeis contratados por eles, constatam que é possível o Estado conceder 12% de uma só vez para toda a tropa ou pelo menos parcelar o percentual em duas vezes, sendo 6% em 2019 e os outros 6% em 2020.

Em entrevista, uma das representantes do movimento, a tenente-coronel Camila, do Corpo de Bombeiros, explicou que a decisão de rejeitar a proposta foi tomada coletivamente, em assembleia, e que a porcentagem exigida pelos militares seria compatível com o reposição salarial que o governo deixou de fazer nos últimos quatro anos.

O presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), Cel. J. Cláudio, explicou que a categoria vem tentando negociar com o governo há dois anos. “Nós queremos ser valorizados. Que a isonomia seja cumprida. Nós vimos outras categorias, dentro da pasta da Segurança Pública, ser valorizadas e nós não. Infelizmente, a postura do governo tem nos desmotivado e não nos deixa outra opção senão esta. Nós entendemos que a população acaba sendo penalizada, mas pedimos que eles sejam sensíveis e nos apoiem”, concluiu.

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A categoria espera um novo encontro com os representantes do governo para que as partes possam entrar em entendimento.

Em nota enviada à imprensa, o governo, por meio da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), diz que tem procurado resolver todos os pleitos das associações militares alagoanas, respeitando as possibilidades financeiras do Estado e que manterá a Mesa de Negociação aberta para discutir, em comum acordo, todas as tratativas que envolvam o funcionalismo público estadual.

“Além de lamentar as recentes paralisações da categoria e esclarecer que a Mesa de Negociação continua sendo o canal de diálogo com os servidores públicos estaduais, a Seplag reforça que o Governo está aberto para receber e conversar com todas as partes que trabalham pelo bom andamento da máquina pública”.