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Ex-vice-presidentes do Vasco atacam gestão de Alexandre Campello

Bruno Marinho

Bruno Marinho

Nove dos 13 ex-vice-presidentes do Vasco compareceram a um hotel na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, para se manifestar a respeito dos motivos que culminaram com a debandada da gestão de Alexandre Campello. Sob a liderança de Fred Lopes, ex-vice-presidente de futebol, reclamaram da centralização do presidente atual.

A falta de transparência por parte do presidente foi apontada como a principal causa do descontentamento coletivo dos ex-aliados de Campello. Isso, somado à interferência nas pastas de seus vices. No futebol, Fred Lopes reclamou de não ter participado das negociações que culminaram na venda do Paulinho para o Bayer Leverkusen, da Alemanha:

– Paulinho, depois do Coutinho, foi a maior jóia do Vasco. Nunca tratei pessoalmente com o Campello a respeito de sua saída. Ele me falou de uma proposta, mas não quis me falar nada, apenas que queria vender o jogador. Perguntei, “presidente, qual é a condição?” Ele respondeu que eram 20 milhões de euros e mais 10% em uma futura negociação. Depois, descobri que ele ia dar entrevista já para anunciar a venda e nessa coletiva ele disse que o negócio foi em outros valores.

O dirigente lamentou que houve quebra de confiança. O mesmo falou Orlando D’Almeida, ex-vice-presidente financeiro da gestão Campello.

– Ele colocou empresas para ver o funcionamento do clube e dei todas as condições que eu tinha ao meu alcance. Mas eu não sabia de onde vinha o dinheiro que entrava, o dinheiro que saía. Ele apenas me dizia qua ia entrar um um dinheiro bom, para eu não me preocupar. Mas a gota que transbordou o oceano foi o fato de eu não ter tido acesso em nenhum momento ao balanço que foi publicado pelo clube. Ele me mandou procurar o documento na internet – reclamou.

Questionado a respeito de um possível pedido de impeachment de Campello por parte da Identidade Vasco, grupo político que rompeu com o presidente, Fred Lopes preferiu manter a cautela.

– Não estamos falando em impeachment. Falamos da saída do grupo e da metodologia que ele implementou, com a qual não concordamos. Não li nenhuma frase do grupo a respeito disso. O impeachment não foi discutido por nós – ressaltou.