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Sem deslize: técnica de bioengenharia desenvolvida em Alagoas ajuda na contenção de barreiras

Este é o relato de uma entre as milhares de pessoas que residem em áreas de encostas em Maceió e em todo o Estado de Alagoas. No depoimento, ela se referiu aos momentos de pânico vividos em 2017. Porém, Josinete sabe que, com o início da quadra chuvosa deste ano, os fantasmas voltam a assombrá-la.

Noites de insônia, sensação de insegurança e profundo medo diante da incerteza de que seu teto seguirá ou não de pé são sentimentos comuns para milhares de alagoanos que vivem em locais com riscos de desabamentos. Essas pessoas vivem sob a tensão de não saberem se suas casas ou até suas vidas permanecerão seguras até o fim da estação chuvosa.​

Josinete afirmou a reportagem que as autoridades que deveriam prevenir as tragédias nas encostas durante todo o ano, agem durante os períodos chuvosos e somente após relatos de deslizamentos.​

“Infelizmente a Defesa Civil não toma nenhuma medida para cobrir as barreiras antes das chuvas caírem e só deixam para vir ou mandar lonas depois dos desabamentos, quando as pessoas já têm perdido tudo. Em maio do ano passado foi terrível, uma situação de guerra. As medidas de prevenção, que devem ser aplicadas antes da tragédia, infelizmente não são feitas”, desabafou Josinete.