Trabalhadores em educação do Estado de Alagoas e do Município de Maceió participaram, na manhã desta terça-feira (29), de uma grande assembleia geral unificada do Sinteal, no Espaço Cultural Jarede Viana. Na pauta, as lutas salariais, a resistência nacional da classe trabalhadora e a aprovação da comissão eleitoral para a eleição do Sinteal, que acontece este ano.
A presidenta do Sinteal, Consuelo Correio, repassou informes sobre o movimento unificado de servidores/as da rede municipal, que estão em uma paralisação de 48 horas desde ontem (28) cobrando reajuste salarial para todas as categorias. “Realizamos um movimento muito bonito ontem, um ato com muita gente no centro de Maceió. Ocupamos a Semge e deixamos um recado para a prefeitura: o funcionalismo está forte e unido. Não aceitamos zero por cento e muito menos sentar para negociar direitos já conquistados!”, disse Consuelo. Ela se referiu às progressões e titulações, que são direitos garantidos por lei, e a gestão está tentando apresentar como ganhos da campanha desse ano.
Luta Nacional
Com a movimentação que está acontecendo no país, puxada pelos caminhoneiros, Consuelo explicou a necessidade de fortalecer as lutas da classe trabalhadora e repudiar as tentativas de desvirtuar o movimento e acabar com a democracia. Girlene Lázaro, da direção da CNTE, falou que a pauta dos combustíveis é um problema que diz respeito à toda população brasileira, e que devemos fortalecer a mobilização dos trabalhadores da Petrobrás. “A questão do preço dos combustíveis é um problema criado nessa gestão de Temer na presidência da Republica e Pedro Parente na Petrobrás. Eles estão entregando o patrimônio nacional ao capital internacional e penalizando a população. É hora de ser patriota e de defender a soberania nacional com democracia. A educação vai se somar às manifestações dos petroleiros nesse primeiro dia de greve”, convocou Girlene.
Presente à assembleia, a professora Lenilda Lima, ex-presidente do Sinteal e representando a Frente Brasil Popular (FBP), fez uma aprofundada análise da situação grave por que passa o Brasil, causada pelos desmandos e pela política entreguista e antitrabalhador do governo golpista de Michel Temer. Lenilda se disse “estupefata” por ver professores/as apoiarem a possibilidade de um novo golpe militar no país. “Não se enganem, os mentores de todo o processo de corrupção em nosso país vem daquela época [64]. O entreguismo, todo o acúmulo de capital voltado aos estrangeiros vem daquele período.”.
Precatórios do FUNDEF
O Sinteal está acompanhando as negociações sobre os recursos do FUNDEF que chegaram para os municípios. Os esforços do corpo jurídico do Sinteal estão sendo para garantir que a maior parte seja destinada para rateio para o magistério. Na manhã de ontem (28) foi realizado um ato público em Maceió, em que professores/as de vários municípios estiveram na Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), junto com o Sinteal, cobrando seus direitos.
Rede Estadual
A vice-presidenta do Sinteal, Célia Capistrano, informou à plenária que as negociações continuam com o Estado sobre o pagamento dos retroativos. Há acompanhamento de perto para que seja cumprido o acordado na última reunião com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). Outro enfrentamento que está sendo feito é sobre o Plano de Cargo e Carreira (PCC), que está sendo finalizado e o Sinteal luta para que seja implantado.
Eleição da Comissão Eleitoral
Um dos pontos importantes da assembleia de hoje foi a eleição, pela maioria da plenária, da chapa com os membros da Comissão Eleitoral que organizará todo o processo eleitoral do Sinteal, e também os suplentes.
Para conhecimento da categoria, são estes os titulares da Comissão Eleitoral: Norma Sueli Santos de Barros; Maria Jandira Domingos, Wagner Luciano, Quitéria Cavalcante e Georgina Gonçalves. Já os três membros suplentes são os seguintes: Daython Alexandre da Silva, Marinalva Rodrigues dos Santos e Dilmacir Santos de Melo.