O soldado Cyro da Vera Cruz Neto, que atirou no funcionário da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB-AL), José Geovânio da Graça, na tarde dessa segunda-feira (4), em frente ao Fórum do Barro Duro, afirmou em depoimento prestado na Central de Flagrantes I, que o flanelinha teria tentado sacar uma faca da cintura durante a discussão.
O militar lotado no Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) se apresentou espontaneamente na tarde de ontem para dar sua versão do ocorrido. Segundo o seu depoimento, a confusão começou quando a guarnição onde o soldado Cyro estava chegou ao estacionamento do Fórum do Barro Duro e autuou alguns veículos que estavam estacionados de maneira irregular.
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Durante as autuações, José Geovânio teria contestado a ação policial de maneira exaltada. Ainda segundo Cyro, o funcionário da OAB teria empurrado outro militar, que tentou imobilizá-lo. Enquanto tentava deter o flanelinha, houve briga e agressões entre as partes.
Após conseguir se livrar dos policiais, José Geovânio – segundo o depoimento do soldado Cyro – teria sacado uma faca de cabo amarelo ou laranja e, por esta razão, atirou na perna do homem. O policial militar informou ainda que após o disparo de arma de fogo, o funcionário foi socorrido e encaminhado ao Hospital Geral do Estado (HGE) e, em seguida, levado à Central de Flagrantes I, no bairro do Farol.
Confira abaixo o depoimento do soldado Cyro da Vera Cruz Neto
Em nota, a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (ACS/AL) expôs “apoio aos policiais militares que, na tarde de ontem, (04) de junho, atenderam uma ocorrência no estacionamento do Fórum Estadual situado no Barro Duro, em Maceió-AL. A ocorrência envolvento os PMs está gerando comentários descabidos após a atuação policial, onde os agentes estavam atuando a favor do Estado.
Com todo respeito que a entidade tem pelos advogados que compõem a OAB/AL, a associação repudia as declarações principalmente no que diz respeito ao seguinte comentário: “os policiais são despreparados”. De forma surpreendente, ele veio de alguém que defende o contraditório e a ampla defesa. Diante disso, como poderia fazer um julgamento com base em imagens, apenas de parte da ocorrência?
No mais, a ACS/AL não defende os abusos por parte dos nossos policiais, no entanto não faz julgamento com base em mera especulação, e com certeza, o caso será apurado conforme a lei. Se houve abuso, os policiais serão punidos, mas o que se defende é uma apuração dentro dos trâmites legais.
No mais, a ACS/AL não defende os abusos por parte dos nossos policiais, no entanto não faz julgamento com base em mera especulação, e com certeza, o caso será apurado conforme a lei. Se houve abuso, os policiais serão punidos, mas o que se defende é uma apuração dentro dos trâmites legais.
Portanto, como presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (ACS/AL), e em nome de toda diretoria repudio qualquer comentário que incrimine sem a devida apuração do ocorrido. No mais ratifico que todos os atos devem ser devidamente apurados”.