O padrasto agrediu a menina e usou um fio de ventilador para enforcar a vítima.
De acordo com a Polícia Civil, o casal teve a prisão decretada. A mulher, que é professora, foi presa ao chegar na escola em que trabalha. Já o padrasto foi preso em casa quando se preparava para sair.
Na época dos fatos, o casal declarou ter ocorrido uma tentativa de suicídio, onde supostamente a menina teria se enforcado. A Polícia Civil suspeitou do caso ao analisar câmeras de videomonitoramento. O casal demorou duas horas para pedirem socorro.
Antes, 40 minutos após o crime, os suspeitos chegaram a chamar um pastor evangélico para ‘expulsar um demônio do corpo da menina’.
Por causa da gravidade, a criança foi transferida para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Cuiabá. A mãe se recusou a acompanhar a criança justificando que iria se casar no dia seguinte e falou que uma amiga acompanharia a menor.
Em outro momento, com a criança ainda internada e sem condições de falar por conta dos ferimentos, a família disse que a menina teria ‘caído’ da cama quando estava acompanhada da mãe.
Em fevereiro deste ano, a menina recebeu alta e foi levada para uma casa de apoio para menores. Com a ajuda de psicólogos, a menina, atualmente com 13 anos, só voltou a falar em maio e, enfim, contou o que aconteceu.
Agressão e enforcamento
A menina disse à Polícia Civil que no dia do suposto enforcamento ela teria mexido em uma caixa de DVDs do padrasto e, por conta disso, apanhou e foi enforcada com o fio do ventilador.
Segundo o delegado da Polícia Civil, André Eduardo Ribeiro, a mãe participou de forma omissa na tentativa de homicídio. No momento do crime a mãe acompanhava tudo na sala, cantando enquanto a menina era enforcada. “A menina foi vítima de uma tentativa de homicídio pelo padrasto. A mãe nada fez para impedir a situação. A menina ficou dois a três meses internada no hospital em Cuiabá”, disse o delegado.
Ainda, a menina relatou que apanhava muito da mãe adotiva e do padrasto e era obrigada a fazer todas as tarefas domésticas.
(Fonte: G1)