“Precisamos de um milagre. E acreditamos em milagres”. Assim resumiu o veterano goleiro Vladimir Stojkovic, 34, o sentimento sérvio antes da partida decisiva contra o Brasil.
As duas seleções se enfrentam na próxima quarta-feira, em Moscou, por uma vaga nas oitavas de final da Copa do Mundo. Um empate serve para o Brasil -para seguirem vivos, os sérvios precisam vencer.
Após a vitória no primeiro jogo contra a Costa Rica por 1 a 0 e o ótimo primeiro tempo contra a Suíça, com estádio lotado apoiando em Kaliningrado, a Sérvia se via classificada por antecipação. Mas, em 45 minutos, tudo mudou. A virada suíça (2 a 1) jogou a Sérvia no caminho do Brasil.
“Parabéns à Suíça, são excelentes, mas nós fomos o melhor time e a arbitragem foi decisiva”, reclamou Savo Milosevic, ex-jogador, hoje vice-presidente da Federação Sérvia.
Eles reclamam de um pênalti não marcado quando a partida estava empatada por 1 a 1, além de um número exagerado de cartões por parte do juiz alemão Felix Byrch -foram quarto amarelos para sérvios e só um para suíços.
Agora, não adianta mais lamentar, somente focar no Brasil. Milosevic foi um pouco menos dramático do que seu goleiro.
“Vimos nesta Copa que 90% dos jogos são iguais, equilibrados, todos têm a chance de ganhar. Contra o Brasil e contra qualquer um, se jogarmos bem, temos chances. Vai ser difícil, o Brasil é um dos favoritos, mas é também uma grande oportunidade. Não é todo dia que você joga um jogo grande contra o Brasil. Vai ser um jogo maravilhoso”, seguiu Milosevic.
Questionado pelo UOL Esporte se Neymar estava se jogando muito para cavar faltas, o sérvio, que era bastante duro em seus tempos de jogador, abriu um sorriso e pensou três vezes antes de responder. Ainda assim, não se conteve e deu uma alfinetada.
“Não vou falar isso dele… Ele é excepcional. Mas quanto será que ele pesa? Setenta quilos? Às vezes parece muito leve mas não vou criticá-lo, não. Queremos esses jogadores especiais aqui na Copa do Mundo”.
O lateral Lichtsteiner, capitão da Suíça, mandou uma recomendação ao melhor jogador da seleção brasileira.
“Neymar é um fenômeno. Os zagueiros são agressivos e ele deve saber viver com isso, faz parte do jogo”, disse.