A unidade Diagnósticos Santa Casa foi palco este mês de um delicado, pioneiro e raro procedimento intitulado biópsia pancreática guiada por tomografia computadorizada com acesso trans-caval.
“A biópsia pancreática em si é um procedimento relativamente comum nos centros cirúrgicos e serviços de radiologia intervencionista pelo país. O que tornou esta intervenção pioneira foi o acesso trans-caval guiado por imagem”, explicou o radiologista e especialista em diagnóstico por imagem Thiago Costa de Almeida.
A intervenção levou menos de 2 horas, com a alta hospitalar do paciente ocorrendo após nova avaliação por imagem, uma vez que não apresentou intercorrências.
Do ponto de vista do paciente, a principal vantagem é justamente o fato de o procedimento ser ambulatorial, sem necessidade de internação, onde se dispensa a anestesia geral e a cirurgia aberta.
Caso fosse realizada a cirurgia aberta, o período de internação seria mais prolongado (cerca de uma semana), podendo haver, em alguns casos, a necessidade de internação em UTI, o que aumentaria os custos e retardaria a alta hospitalar.
Reforçando o papel da Santa Casa de Maceió enquanto centro de difusão de novas técnicas médicas, o radiologista Thiago Costa de Almeida enfatiza que o procedimento confirmou que a instituição está apta a realizar um amplo espectro de procedimentos intervencionistas minimamente invasivos, mesmo aquelas menos comuns.
Como a área-alvo da biopsia encontrava-se em local de difícil acesso, com alças intestinais impedindo outra via de acesso, o radiologista precisou guiar a agulha perfurando a veia cava inferior, principal veia por onde circula o fluxo sanguíneo, para chegar ao local planejado. O procedimento atingiu o objetivo proposto e o paciente teve alta.
O radiologista Thiago Costa afirma ainda que apesar de ser um procedimento seguro, é necessária uma retaguarda hospitalar do porte da Santa Casa, capaz de dar assistência à qualquer tipo de intercorrência.