O segundo suspeito do sequestro do vendedor Ailton Alysson da Silva, de 35 anos – levado de um salão de beleza em Teotônio Vilela, em junho deste ano – se apresentou à polícia na manhã desta quarta-feira, 1º. O homem, que não teve a identidade revelada, foi ouvido pelo delegado responsável pelo caso, Arthur César, e ficou preso.
Este é o segundo envolvido no crime já preso – o primeiro foi detido há mais de uma semana no município de Junqueiro. O delegado informou que os dois suspeitos são primos e que nenhum deles admite participação na ação criminosa, mas que todos os elementos levam a crer em sua autoria. Os homens seriam tidos como perigosos na região, mas apenas o preso hoje teria registro policial, pelo crime de porte ilegal de arma de fogo.
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Em março deste ano, a vítima teria cometido disparos de arma de fogo na residência de uma mulher conhecida como ‘Cícera’, em Teotônio Vilela, e atingido a motocicleta do primeiro homem preso. Na ocasião, ele teria ameaçado Ailton Alysson e dito que “aquilo não ficaria barato” e que seu primo – o segundo suspeito preso hoje – “daria um jeito na situação”, explicou o delegado.
“Os dois elementos presos são muito conhecidos na região e tidos como pessoas más e cruéis. Apesar deles negarem, as circunstâncias, a motivação… Tudo aponta para eles”, concluiu.
O delegado informou ainda que os homens permanecerão presos, inicialmente, por 30 dias, e que após ouvir uma última testemunha, deverá decidir se concluirá o inquérito ou se dará prosseguimento às investigações. Teoricamente, uma terceira pessoa poderia ter participado do crime, mas sua identidade é desconhecida.
Questionado a respeito do paradeiro do vendedor, o delegado disse que ainda não há pistas e “muito dificilmente” encontrarão, e que acredita que ele já tenha sido morto.
Sobre o Caso
Ailton Alysson foi levado por bandidos no próprio carro, um Fiat Bravo bege de placa NMI-6403, no dia 21 de junho, em Teotônio Vilela. Os criminosos tinham o apoio de outro veículo (veículo Cross Fox, de cor preta e placa não anotada) com um giroflex, luz usada em veículos descaracterizados da polícia, e teriam se identificado como policiais.
No dia 27 de junho, o Grupamento Aéreo da Secretaria de Segurança Pública encontrou o carro da vítima carbonizado em um canavial no Povoado Gama Dantas, em Limoeiro de Anadia.