Por não ter lista de espera, não aprovados buscam alternativas para a graduação
O resultado do Programa de Financiamento Estudantil (P-Fies) já está disponível na página do Fies Seleção e os candidatos podem consultar a lista dos pré-selecionados. Até a próxima segunda-feira (13), estudantes devem comparecer à Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA) da instituição de ensino para validar os dados fornecidos.
Entre a finalização da etapa anterior e a efetiva contratação do programa, o estudante precisará também comparecer ao banco privado com a documentação necessária em até 10 dias contados a partir do terceiro dia útil subsequente à data da validação da inscrição pela CSPA.
Nesta edição, foram mais de 105 mil vagas previstas para a modalidade, que tem como uma das principais características o financiamento feito por bancos privados. No P-Fies, as condições de financiamento são estabelecidas entre o agente financeiro operador do crédito (banco), a instituição de ensino superior e o estudante.
A convocação é feita por meio de chamada única e, como a modalidade não tem lista de espera, os estudantes não aprovados precisam considerar outras alternativas para dar início ao ensino superior. “Eu já conhecia o P-Fies quando terminei o ensino médio. Me apliquei, mas não consegui. Então, como seguia o instagram Educa Mais Brasil, eu vi a oferta da bolsa de estudo e me interessei”, relembra a estudante de Ciências Contábeis, Maria Lauane Silva de Moura.
De fato, a bolsa de estudo para a graduação é uma das alternativas possíveis. Com esse benefício, o estudante deixa de contratar um financiamento para receber descontos de até 70% na mensalidade. O programa de inclusão educacional que beneficiou Maria oferta mais de 240 mil bolsas para o ensino superior no país.
O P-Fies é uma das modalidades do Novo Fies. A estudante Vanessa de Souza Almeida já conhecia a dinâmica do financiamento. “Quando terminei o ensino médio, a única opção que tinha para entrar na faculdade era o Fies”, conta a estudante enquanto pontua que, após uma análise mais detalhada do pai, verificou que a bolsa de estudo oferecia melhores condições no contrato.
“O meu pai avaliou que era melhor arrumar o dinheiro e pagar 50% da mensalidade do que ter que pagar o Fies. O financiamento não tem desconto e, no final do curso, as pessoas pagam mais do que o valor da mensalidade. Então, para não ter dor de cabeça, ele preferiu que eu estudasse com bolsa de estudo”, destaca a estudante de Psicologia. “Se eu não tivesse conseguido a bolsa, não conseguiria entrar na faculdade tão cedo”, complementa Vanessa.