O Cabo Daciolo (Patriota-RJ), candidato à Presidência que ficou famoso após participação em debate transmitido pela Band na quinta-feira (9), é investigado pela Polícia Federal (PF) por um suposto desvio de verba pública. O militar é suspeito de desviar dinheiro da cota para exercício da atividade parlamentar por meio de uma empresa contratada para serviços de informática. Ele nega.
A denúncia contra o político foi feita em 2015. O deputado é acusado de pagar R$ 227,5 mil a uma empresa ligada a conhecidos dele com verba da Câmara. As investigações apontam que o serviço de informática contratado sequer foi realizado, a empresa não tinha empregados registrados no período e tinha o seu endereço em um bairro residencial, cita O Globo.
O inquérito deve ser concluído ainda neste mês.
A assessora de imprensa do militar, Cristiane Daciolo, esposa dele, não atendeu às ligações do jornal, nem respondeu às mensagens. Ao Ministério Público, Daciolo negou irregularidades e atribuiu as denúncias a “opositores políticos”.
O militar foi um dos protagonistas do primeiro debate televisivo entre os presidenciáveis. As suas declarações religiosas e perguntas inusitadas aos demais participantes chamaram atenção do público.
Uma das questões que teve maior repercussão foi feita a Ciro Gomes (PDT). O militar perguntou sobre a União das Repúblicas Socialistas da América Latina (Ursal) e mencionou um suposto plano da esquerda de transformar a região em uma “única nação”. Daciolo afirmou que no governo dele “o comunismo não vai ter vez”.