Policiais da Gerência de Recursos Especiais da Polícia Civil de Alagoas deflagraram nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (21) uma operação para prender Thalys Beltrão Siqueira, em cumprimento a mandado expedido pela 17ª Criminal da Capital. Thalys, que é filho do ex-deputado João Beltrão, é acusado de chefiar uma organização criminosa especializada em furto de baterias de torre de telefonia celular.
A operação é coordenada pelos delegados Fábio Costa, Cayo Rodrigues e Thiago Prado, que disponibilizaram um vídeo que mostra como o suspeito e seus comparsas agiam no furto das baterias. Ainda segundo a PC, o grupo liderado por Thalys atua principalmente no litoral sul, inclusive afetando os serviços de telefonia da região.
No dia 2 de julho, Thalys foi preso em flagrante – e posteriormente liberado – com 16 baterias de gel usadas em torres de telefonia celular, cada uma avaliada em cerca de R$ 8 mil, além de uma pistola Glock 380 com três carregadores e 30 munições. Ainda segundo a polícia, o acusado portava certificado de registro de atirador e guia de transporte. Em depoimento, ele disse que comprou as baterias de boa fé.
Segundo os delegados Fábio Costa, Cayo Rodrigues e Thiago Prado da GRE, essas baterias são responsáveis pelo abastecimento das torres quando ocorre falta de energia. O prejuízo para a população e para a empresa de telefonia, causado neste tipo de crime, é incalculável o que justifica a necessidade da prisão preventiva dos suspeitos.
Os delegados afirmam, ainda, que o valor desse material é alto e que são utilizados por proprietários de som automotivo chamados “paredões”, visto se tratar de sons potentes que necessitam desses tipos de baterias para recarregá-los.
“Não há dúvidas quanto à participação de Thalys no crime, ele foi flagrado por câmeras de segurança instalada em uma das torres alvo do furto, que mostra nitidamente o momento em que ele comanda os demais. Além disso ainda está sob investigação a possível participação dele em outras ocorrências semelhantes já que se trata de crime bastante comum no Estado”.