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Ministério Público implanta projeto de conscientização “A mudança sou eu” em Palmeira dos Índios

MPE

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Formar cidadãos conscientes e fiscalizadores dos seus direitos, bem como fazendo-os absorver a dimensão dos seus deveres. Esse é o foco do projeto “A mudança sou eu”, lançado pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), na cidade de Palmeira dos Índios, nessa quarta-feira (5). O primeiro ciclo de debates teve como tema “eleitor consciente”, vislumbrando despertar a maturidade eleitoral em jovens acima de 15 anos. O promotor de Justiça, Thiago Chacon, titular da 1ª Promotoria de Justiça, elaborou o projeto e coordenou a ação que aconteceu na Fundação de Amparo ao Menor (FUNDANOR).

A pretensão é conscientizar alunos adolescentes, matriculados na rede pública de ensino, para que se tornem cidadãos participativos, capazes de identificar os problemas do seu cotidiano e cobrar soluções.

“Entendemos o projeto como extremamente importante para os jovens, porque serão envolvidos em discussões que abrem um leque de convicções sobre os seus direitos e deveres como cidadãos. Inclusive, familiarizando-os com o poder de fiscalização, ampliando conhecimento sobre política e permitindo que ampliem o senso crítico, tenham uma formação proativa e, consequentemente, perspectivas de um futuro mais promissor”, declara o promotor Thiago Chacon.

No primeiro ciclo de debates “Eleitor Consciente”, além do representante ministerial, participaram o juiz titular da 2ª Vara de Palmeira dos Índios, Geneir Marques, a defensora pública e coordenadora regional da 7ª Coordenadoria Regional, Bruna Rafaela Cavalcante, o presidente da OAB, em Palmeira dos Índios, França Júnior, e o aluno do 4º ano de informática, do Ifal, José Ferreira leite Neto.

Como incentivo, a cada ciclo de debates será escolhido um aluno destaque considerado o mais participativo. Dessa vez, os méritos foram para o estudante Carlos Daniel, da Escola Mary Sampaio Caparica, localizada no Povoado Bonifácio.

O projeto “A mudança sou eu” tem prazo de ano, mas pode ser prorrogado. Ao final da primeira fase (com três ciclos) um questionário será distribuído entre os alunos participantes, no total 600, para um diagnóstico crítico e escolha do tema da segunda fase. Os debates terão continuidade durante todo o mês de setembro, sempre às quartas-feiras, reunindo estudantes de escolas públicas estaduais e municipais.

As próximas fases do projeto discutirão os seguintes temas:

a) violência doméstica e seus reflexos na vida das crianças e adolescentes; b) abusos sexuais e o dever de fiscalizar e denunciar; c) proteção do meio ambiente e o fim dos lixões; d) Escola do Século XXI, desafios e instrumentos; e) Segurança nas escolas, qual o meu papel?

“Nessa fase inicial, de consciência política, repassamos aos alunos instruções para aprenderem a usar os portais da transparência e, dessa forma, serem fiscais do bom uso ou emprego dos recursos públicos”, ressalta Chacon.

Além do Ministério Público do Estado de Alagoas, a realização do projeto conta, também, com apoio do Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente formado pelas secretarias Municipal e Estadual de Educação, CREAS, Centro de Referência e Assistência Social (CRAS), Conselho Tutelar e Defensoria Pública.