Juiz da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora diz que não há elemento que sustente a realização do procedimento em Adélio Bispo de Oliveira. Pedido da defesa pode ser renovado.
A Justiça Federal negou nesta quarta-feira (12) o pedido de avaliação de insanidade mental de Adélio Bispo de Oliveira, que está preso por ter dado uma facada no candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), em Juiz de Fora.
Antes, na terça-feira (11), o Ministério Público Federal (MPF) já havia opinado pelo indeferimento do pedido.
Na decisão desta quarta, o juiz da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora, Bruno Souza Savino, salientou que não existe por enquanto “elementos que sustentem a existência de dúvida relevante e plausível sobre a rigidez mental do investigado”, conforme o texto.
Ele disse ainda que, apesar de a defesa mencionar o uso permanente de medicamentos controlados e de um histórico de consultas a médicos psiquiatras e neurologistas, nada que confirmasse as alegações foi juntado aos autos do processo.
Savino chamou atenção para a análise do MPF, de que “não há laudos, declarações, recibos de honorários ou qualquer outro documento idóneo”, nem “sequer há menção a nomes de profissionais envolvidos ou locais do alegado tratamento” no processo pedido delos advogados de Adélio.
Por fim, o magistrado deixou claro que o indeferimento não impede a renovação do pedido, desde que seja acompanhada de novos elementos que indiquem comprometimento da capacidade do investigado.