Após ter tido sua candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) nessa segunda-feira (17), o ex-governador de Alagoas e postulante à reeleição à Câmara Federal, Ronaldo Lessa (PDT), afirmou em entrevista coletiva que está sendo vítima do que classificou de “ditadura da toga” e disse que está sendo perseguido pela Justiça Eleitoral para não concorrer nas eleições deste ano.
“Nós estamos enfrentando, infelizmente, outra ditadura. Antes era a bota e hoje é a toga. Não existe nem um caso, porém, já estava esperando algo para ser inventado. Este ano eu não sou candidato majoritário e, portanto, esta decisão foi uma surpresa. O MP Eleitoral foi bem mais amplo em suas posições, este excesso é comum deles. Se fosse assim para defender toda a sociedade, seria maravilhoso. Pena que não percebeu a grandeza do papel desta instituição que a sociedade espera”, disse Lessa.
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O deputado federal reafirmou que irá recorrer da decisão junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que continuará com sua campanha. Ronaldo Lessa tratou ainda o julgamento como um fato cômico.
“Mas o resultado deste julgamento evidentemente seria trágico, se não fosse cômico. Para mim não há problema, porque eu sairei daqui para continuar a campanha, pois não faz sentido porque vai de encontro com o que o TSE vem falando”, ressaltou.
Ronaldo Lessa disse também que se considera inocente e considerou absurda sua condenação que o fez entrar na lista dos políticos impedidos de se candidatarem. “Me colocaram como Ficha Suja, uma discussão que eles não conseguiram nem provar que eu disse que Teotônio invadiu o comitê e há um litígio de que ele teria sido caluniado. Isto é um engano. Vocês não querem, mas o povo quer. Eu serei candidato e irei vencer com o voto dos alagoanos. Aqui se solta ladrões, assassinos e outros. Agora dizem que eu não posso ser candidato porque o processo no TSE não está concluído. Eu tenho uma certidão do TSE que eu estou elegível”, finalizou.