O Ministério Público Federal (MPF-AL) irá apurar dois vídeos divulgados nas redes sociais nesta domingo de eleição, 7, nos quais dois eleitores são abordados por policiais, na fila da votação, e orientados a trocarem de roupa, por estarem trajando camisas com os nomes do ex-presidente Lula (PT) e do candidato à presidência Fernando Haddad (PT).
Nas imagens, gravadas por um outro eleitor, um policial militar aparece explicando a mulher que, por recomendação de um promotor, ela deveria trocar de roupa para poder votar. O tal eleitor ainda fala que a mulher estaria induzindo as pessoas ao erro.
Sobre o caso específico, a assessoria de Comunicação do MPF-AL disse que só seria considerado crime eleitoral se, na camisa, houvesse alusão a um número, por exemplo, que induzisse o eleitor ao erro.
O entendimento do TRE é que, neste caso específico, não há crime eleitoral, porém, cada juiz eleitoral pode ter um entendimento diferente. A restrição é quanto ao número, nesse caso 13, que a camiseta com o nome Lula não pode trazer.
“É permitido ir vestido como quiser. Qualquer roupa, cor, dizeres… não há vedação à roupa. Mas ao comportamento. Você não pode manifestar o voto em voz alta, nem pedir e nem tentar convencer ninguém”, explica.
A assessoria falou ainda que não havia tomado conhecimentos dos vídeos, mas ressaltou a importância das pessoas formalizarem denúncia dos casos na Polícia Federal ou no próprio MP Eleitoral.
Confira as Imagens: