Segundo turno foi confirmado pelo TSE às 18h38, com 98,13% das urnas apuradas. Rogério Rosso ficou em terceiro.
Os candidatos Ibaneis (MDB) e Rodrigo Rollemberg (PSB) vão disputar o segundo turno para o governo do Distrito Federal nas eleições de 2018.
O resultado foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 18h38– menos de 100 minutos após o fim da votação, às 17h. Foi o primeiro resultado confirmado em todo o país.
Até as 19h01, com 99,55% das urnas apuradas, Ibaneis tinha recebido 631.515 votos, o correspondente a 41,99% dos votos válidos. Já Rollemberg contabilizava 209.424 votos, ou 13,93% do total de válidos.
No início da campanha eleitoral, o nome de Ibaneis aparecia junto aos candidatos “nanicos”, com 2% das intenções de votos (veja no gráfico abaixo). Naquele momento, a primeira colocação nas pesquisas era de Eliana Pedrosa, com o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e os deputados federais Alberto Fraga (DEM) e Rogério Rosso (PSD) nas posições seguintes.
O candidato à reeleição, Rodrigo Rollemberg (PSB), nunca liderou os levantamentos de intenção de voto. Vários cenários chegaram a mostrar que ele não chegaria ao segundo turno. Na última semana de campanha, ele “encostou” nos candidatos do “segundo pelotão”, ficando tecnicamente empatado com Pedrosa, Fraga e Rosso.
Nas pesquisas da véspera, divulgadas neste sábado (6) pelo Ibope e pelo Datafolha, os institutos apontaram que “não era possível definir quem enfrentaria Ibaneis no segundo turno”.
Conheça, abaixo, o perfil dos candidatos que disputarão o segundo turno:
Ibaneis (MDB)
Ibaneis Rocha Barros Junior, de 47 anos, disputa um cargo público pela primeira vez. O advogado e empresário foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no DF de 2013 a 2015. Hoje, ele exerce o cargo de conselheiro federal no órgão.
O candidato, que nasceu e fez carreira em Brasília, passou parte da infância e da adolescência em Corrente (PI). Ele se formou em direito pelo UniCeub, se pós-graduou em processo do trabalho e processo civil, e é mestrando em gestão e políticas públicas pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa.
Filiado ao MDB em 2017, Ibaneis disse que escolheu o partido por estrutura e tempo de televisão. O candidato encabeça a coligação com Avante, PP, PSL e PPL. O vice da chapa é o empresário Paco Britto, presidente regional do Avante – em 2010, Britto foi candidato a suplente ao Senado na chapa de Alberto Fraga (DEM).
Ibaneis é o postulante ao governo do DF com o maior patrimônio declarado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre os 11 concorrentes: R$ 93.720.602,57.
O advogado usou parte da fortuna pessoal para bancar a própria campanha: todos os R$ 2.850.000 utilizados na corrida eleitoral foram arrecadados por meio de recursos próprios.
No plano de governo registrado no TRE, Ibaneis promete explorar o conceito de “cidade inteligente”, prometendo uso de tecnologia em áreas como saúde, segurança, mobilidade, educação e meio-ambiente.
Rodrigo Rollemberg (PSB)
Rodrigo Sobral Rollemberg, de 59 anos, nasceu no Rio de Janeiro, mas mora em Brasília desde que tinha 1 ano. Formado em história pela UnB, está filiado ao PSB desde 1985.
Candidato à reeleição após quatro anos no Palácio do Buriti, Rollemberg foi deputado distrital duas vezes, deputado federal duas vezes e senador. Também trabalhou como secretário de Turismo no governo de Cristovam Buarque e como secretário nacional de Inclusão Social no Ministério de Ciência e Tecnologia, durante o primeiro governo Lula.
Na tentativa de obter o segundo mandato, Rollemberg alterou praticamente toda a coligação. Em 2014, se aliou a PDT, PSD e SD. Desta vez, fechou com PCdoB, PDT, PV e Rede.
Parte da mudança foi causada pelo “racha” com o vice-governador Renato Santana (PSD), hoje candidato a deputado federal pela oposição. O atual candidato a vice na chapa de Rollemberg é Eduardo Brandão (PV).
Após um primeiro mandato focado em equalizar as contas do Distrito Federal, Rollemberg batizou a proposta de governo de 2019–2022 como “Casa arrumada, hora da virada”. Diversas vezes, o governador afirmou ter encontrado as contas públicas em “situação caótica”.
Rollemberg também focou em concessões e parcerias público-privadas. O projeto mais ambicioso, porém, não saiu do papel – o Arenaplex, formada pelo estádio Mané Garrincha, o ginásio Nilson Nelson e o complexo aquático Cláudio Coutinho, acabou barrado pela Justiça.