Mestre de capoeira, de 63 anos, foi morto a facadas durante discussão política em Salvador.
O músico baiano Gilberto Gil usou as redes socais nesta terça-feira (9) para fazer uma homenagem ao mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, 63 anos, mais conhecido como Moa do Katendê, que foi assassinado em Salvador, durante uma discussão política na madrugada de segunda-feira (8).
O sobrinho da vítima, Germínio do Amor Divino Pereira, 51 anos, que ficou ferido no mesmo ataque, teve alta nesta terça-feira e contou detalhes do que aconteceu. “Meu tio estava sentado de frente para mim, eu estava de costas para a rua. Ele foi, entrou pelo bar, arrudiou e já veio agredindo. Eu tomei um susto. Aí quando eu levantei para segurar a faca, tomei uma apunhalada no braço e vi logo o sangue descer. E aí ele já tinha conseguido agredir Moa”, disse em entrevista à TV Bahia.
Na publicação pelo Instagram, o cantor Gilberto Gil destacou a contribuição cultural do capoeirista para o estado, que entre outros legados, “foi o idealizador do bloco Afoxé Badauê”.
Ainda na segunda-feira, Caetano Veloso e Daniela Mercury também fizeram homenagens ao mestre de capoeira.
O capoeirista foi esfaqueado após dizer ao suspeito do crime, identificado como Paulo Sérgio Ferreira de Santana, que era contra o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e que tinha votado no PT. Paulo foi preso e confessou o crime. Ele passará por audiência de custódia no ínicio da tarde desta terça-feira.
O compositor, dançarino, capoeirista, ogã-percussionista, artesão e educador na propagação da cultura afro-brasileira completaria 64 anos de vida no dia 29 deste mês de outubro.