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Brincadeira de criança: o que eu quero ser quando crescer? Sonhos na infância, realidade ou fantasia?

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Brincadeira de criança – o que eu quero ser quando crescer

Ah, ser criança! Acreditar que tudo é possível. Brincar de esconde-esconde, pular corda, amarelinha, passar o dia diante do vídeo game, jogar futebol, comer doces escondidos, fazer birra, quebrar o braço, ralar os joelhos. E, no final do dia, acabar bem e disposto para recomeçar as estripulias novamente.  Melhor que tudo isso é poder sonhar sem limites sobre a futura profissão.

O que você vai ser quando crescer? A pergunta que todo mundo já teve que responder um dia continua aguçando a imaginação da criançada. E assim nascem os sonhos. Alguns idealizados desde a infância se tornam realidade na vida adulta, outros mudam completamente.

João Pedro Santos Leandro, 10 anos, estudante do 3º ano do Ensino Fundamental, tem sonhos profissionais grandiosos. “Eu quero ser médico, veterinário, engenheiro e jogador de futebol”, lista as profissões do seu futuro com entusiasmo e inocência ao falar. Quando questionado se vai dar conta de tanto trabalho, ele dispara: “Vou sim porque eu gosto de todas. Vou dedicar um dia a cada dessa profissão”, planeja. E vai dar tempo de fazer tudo isso, João? A resposta é sábia e empreendedora: “Vai sim, vou ter muitos funcionários”.

Já a estudante do 7º ano Luana Silva da Fonseca, de 12 anos, já tem a certeza de uma única profissão: Designer Digital. O talento já é despertado em forma de brincadeiras com desenhos, que incentivam ainda mais as habilidades naturais. “Sempre gostei de desenhar e de aguçar a criatividade, aí eu sempre tive vontade de aprender isso. Meus pais gostam muito de desenhar, além de minha mãe trabalhar na área de Designer de Produto”, comenta.

Para Nataly Amorim, 14 anos, estudante do 8º ano, pensa diferente. “Na verdade, eu não escolhi ainda o que fazer. Acho que é muito cedo para decidir isso”, avalia a estudante que já cogitou várias profissões. “Toda hora eu mudo de ideia e, muitas vezes, eu pensava em nada. Hoje, eu gosto de desenhar e de Fotografia”.

E como ficam os pais ao acompanhar esta descoberta? O conselho dos especialistas é que eles não devem influenciar muito na escolha dos filhos, e sim apoiar sua decisão.  “Este tema pode gerar ansiedade para a criança, pois o menor quer e precisa sempre do apoio dos pais”, comenta a psicóloga Joana Gomes.

A profissional ainda ressalta que os responsáveis devem evitar impor a profissão dos seus sonhos para os pequenos. “Nem sempre a criança vai ter aquela habilidade, o que pode gerar um profissional frustrado e infeliz”, acrescenta. A variedade de cursos pode ajudar na escolha. “As possibilidades hoje são muito maiores, pois existem gostos tão específicos e novas graduações que acabam ajudando”.

A especialista lembra que, na reta final do Ensino Médio, no momento de optar pelo curso, os que ainda se mantém indecisos podem contar com orientação e suporte profissional. “É um trabalho de extrema importância que pode fazer toda a diferença”, recomenda Gomes.

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