Sertão

Vereador por Batalha nega envolvimento na morte de Neguinho Boiadeiro

O vereador por Batalha, Alex Sandro Rocha Pinto, suspeito de envolvimento na morte do ex-vereador Neguinho Boiadeiro em novembro do ano passado, concedeu, na manhã desta terça-feira, 20, uma entrevista coletiva para apresentar sua versão dos fatos.

Durante o encontro com os jornalistas, Alex Sandro Rocha, que estava na companhia do sobrinho Raphael Rocha Pinto, também suspeito do crime, contou que houve um equívoco da Polícia Civil ao apontá-lo como participante do homicídio.

“Eu fiquei 30 dias preso, com a alegação de que eu estava atrapalhando as investigações da polícia. Tanto que sem provas, passaram os 30 dias [da prisão temporária] e fui solto. Noventa dias depois, a prisão preventiva foi pedida para mim, só que sem provas novas. Um equívoco da polícia”, disse.

Ele informou ainda que tinha um bom relacionamento com a família Boiadeiro e que no dia do assassinato soube do caso durante o almoço com o também investigado Kléber Dias Alves.  “No inquérito teve uma pessoa que falou que eu liguei para o Neguinho Boiadeiro nesse dia. Só que eu não liguei. Puxei o extrato da minha conta telefônica, está nos autos, meu advogado fez um pedido pela quebra de sigilo telefônico do próprio Neguinho Boiadeiro, para provar que não liguei para ele”,  contou Alex Sandro.

O vereador ressaltou ainda que não entrou em contato, após o crime, com a família Dantas, apontada pelos parentes de Neguinho Boiadeiro como responsáveis pelo crime.

Sobre ter medo de algum atentado, Alex Sandro se disse temeroso em ser vítima de queima de arquivo. “Já foi pedido ao Conselho de Segurança do Estado. Na cidade, eu tenho ido só para as sessões da Câmara, mas vou com segurança, três ou quatro policiais, porque eu não sei quem fez isso e podem querer usar a gente como bode expiatório e fazer como queima de arquivo. Então temos que prevenir”, disse.

Raphael Rocha Pinto também falou com os jornalista e também negou qualquer envolvimento no crime.  “No dia do acontecido estava na casa da minha avó almoçando e quem veio me contar foi minha esposa sobre um tiroteio na Câmara. Fui olhar e de lá fui pra casa do Sandro, o filho do Kléver estava lá. Depois fui até Major Isidoro com outras pessoas e daí disseram que eu estava envolvido nessa história”, disse.

Relembre o caso

O vereador por Batalha Adelmo Rodrigues de Melo, de 61 anos, mais conhecido como Neguinho Boiadeiro, foi morto a tiros  no dia 09 de novembro de 2017 em frente à câmara municipal. Dois homens, que conseguiram fugir do local sem serem identificados, dispararam várias vezes contra o carro do edil.

Após o assassinato, um rival da família boiadeiro, José Emílio Dantas, sobrinho do deputado estadual Luiz Dantas (PMDB), foi alvo de um suposto crime de vingança. Emílio foi baleado por Baixinho Boiadeiro, um dos filhos do vereador assassinado.

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