Mudanças dependem da homologação da BNCC
Durante a coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (20), o Ministério da Educação realizou a homologação das diretrizes nacionais curriculares do ensino médio e trouxe mais definições em relação às mudanças do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). De acordo com o gestor do órgão, o ministro Rossieli Soares, o participante poderá escolher, no segundo dia de prova, em qual área do conhecimento será avaliado.
Com a reformulação, os participantes responderão a uma prova comum apenas no primeiro dia, quando serão cobrados temas relacionados às habilidades e competências sinalizadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio. “A estrutura do Enem vai observar o que o Novo Ensino Médio determina”, sinalizou na ocasião o ministro da Educação, Rossieli Soares. A proposta do Novo Ensino Médio é que apenas matemática e linguagens sejam ofertadas obrigatoriamente em todas as etapas. As outras áreas devem ser distribuídas ao longo das três séries, a critério das redes de ensino.
Não por acaso, as mudanças estão condicionadas à homologação da BNCC, que ainda está em discussão no Conselho Nacional de Educação (CNE). “A construção do novo Enem caberá ao novo governo. Não estamos encerrando nada, estamos dando mais um passo rumo à construção, mas com parâmetros já definidos”, sinalizou.
Com isto, o Enem 2019 não terá mudanças significativas e as alterações devem acontecer apenas a partir de 2021.
Conteúdos abordados
De acordo com o ministro, os itinerários técnicos ainda estão em processo de definição, mas devem estar organizados a partir dos requisitos: investigação científica, processos criativos, mediação e intervenção sociocultural e empreendedorismo.
O Sistema de Seleção Unificada (SiSU) foi pontuado uma vez que algumas universidades já atribuem pesos específicos para notas das provas a depender das áreas do conhecimento e da graduação escolhida pelo candidato.
Acesso aos programas do Governo Federal
Atualmente, além do SiSU, o Enem também viabiliza a participação nos programas do Governo Federal de acesso ao ensino superior como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Universidade Para Todos (Prouni).