Justiça

Alfredo Gaspar é reeleito chefe do MPE/AL e promete combate à corrupção e defesa dos direitos sociais

Ascom MPE

Procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça

O promotor de Justiça Alfredo Gaspar de Mendonça Neto foi reeleito para o cargo de procurador-geral de Justiça para o biênio 2019/2020. Ele foi reconduzido ao cargo, nesta sexta-feira (30), com 99,37% dos votos, o que equivaleu a 158 membros votantes. Integrante da carreira do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL) há exatos 22 anos, Gaspar destacou iniciativas criadas em sua gestão e, para os próximos dois anos, ele prometeu seguir firme no combate à corrupção e na defesa dos direitos indisponíveis e coletivos e da cidadania dos alagoanos.

O pleito começou às 09h da manhã e seguiu até às 17h. Encerrada a votação, a Comissão Eleitoral, presidida pelo procurador-geral de Justiça em exercício, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, e integrada pelos promotores Almir Crescêncio, Luciano Romero e Isaac Sandes, promoveu a contagem dos votos. Anunciado o resultado, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto foi comunicado que conquistou o apoio de 158 membros do Ministério Público, entre promotores e procuradores de Justiça. Houve apenas um voto nulo. Ele foi candidato único nas duas vezes em que concorreu ao cargo, um marco na história da instiuição.

“Quero agradecer a Deus e aos meus pares por essa recondução. Continuarei a escutar as melhores cabeças e as ideias que mais beneficiem a população e fortaleçam a nossa instituição. Portanto, o que fizemos na nossa gestão foi colocar esses objetivos plurais em prática, de modo que Ministério Público e sociedade pudessem sair vitoriosos”, disse o chefe reeleito do MPE/AL.

Alfredo Gaspar também prometeu seguir combatendo a corrupção e trabalhando na garantia dos direitos assegurados constitucionalmente ao cidadão: “O Ministério Público pensa no coletivo e foi assim que traçamos nosso planejamento estratégico. O norte da nossa gestão continuará sendo o combate à corrupção e o fomento das políticas públicas de saúde, educação, assistência social e segurança, buscando dar condições aos promotores e procuradores de justiça para que possam seguir sendo instrumentos de transformação social em suas cidades, trabalhando para que direitos previstos na Constituição Federal possam ser, de fato, efetivados”, finalizou ele.

O apoio dos colegas de Ministério Público

O presidente da Comissão Eleitoral, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, destacou o fato da instituição ter tido apenas um candidato disputando o assento de chefe do Ministério Público: “Esta eleição mostra que estamos diante de um MP democrático, quando todos os promotores e procuradores elegem a pessoa que comandará o órgão no próximo biênio. E tivemos um candidato único pleiteando a reeleição, que em sua primeira gestão demonstrou um grande capacidade laborativa, com inúmeras realizações. E a existência de apenas essa candidatura demonstra que a instituição tem todos os seus integrantes unidos e com vontade de construir um Ministério Público proativo e resolutivo”, afirmou ele.

Primeiro membro a exercer o seu direito de voto nesta sexta-feira, o procurador de justiça Antônio Arecippo também falou sobre o momento de unidade pelo qual passa o órgão ministerial: “Este pleito é uma demonstração da relevância de se exercitar a democracia, principalmente no momento em que o Brasil vive, com tantos casos de corrupção e violência. E hoje o Ministério Público vem, em sua totalidade, escolher seu procurador-geral de justiça, que será reeleito, acredito eu, com o aval unânime dos seus procuradores e promotores de justiça”, declarou, logo depois de depositar seu voto na urna.

“A ausência de disputa revela a harmonia existente no Ministério Público em torno do nome de Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, um dos colegas mais bem preparados da nossa instituição e que será, novamente, um grande e eficiente procurador-geral de justiça na defesa dos superiores interesses do povo alagoano”, declarou o procurador de justiça Luiz de Albuquerque Medeiros Filho.

Histórico

Alfredo Gaspar de Mendonça Neto foi eleito em 2016 procurador-geral de justiça de Alagoas para o biênio 20017/20018. Iniciou sua carreira no Ministério Público Estadual em 8 de abril de 1996, na Promotoria de Justiça de Maravilha.

Atuou também como promotor no município de Palmeira dos Índios, além de ter exercido seu ofício em várias Promotorias Especializadas da Capital e nos gabinetes da Procuradoria-Geral de Justiça e da Corregedoria-Geral. Atualmente é titular da 48ª Promotoria de Justiça da Capital, com atribuição para atuar no Tribunal do Júri, da qual está afastado para ocupar o cargo de chefe do Ministério Público.

Na condição de representante do MPE/AL, participou de investigações de casos de grande repercussão no Estado, a exemplo do assassinato da ex-deputada federal Ceci Cunha (1998), do extermínio de moradores de rua em Maceió (2010) e de vários casos de combate à corrupção.

Alfredo Gaspar também já compôs o Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg) e o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos. Recentemente, comandou a Secretaria de Estado de Segurança Pública.

Por duas vezes, o promotor de justiça coordenou o Grupo de Atuação Especial Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPE/AL, cuja missão principal é investigar organizações criminosas ligadas a assassinatos, tráfico de drogas e armas e quadrilhas especializadas em desviar recursos públicos.

O Grupo ganhou reconhecimento após deflagrar sucessivas operações, em parceria com a 17ª Vara Criminal da Capital e as Polícias Militar e Civil, que costumam ser finalizadas com prisões e farto material apreendido após os cumprimentos de mandados de busca e apreensão e prisão. Pelos trabalhos à frente do Gaeco, o promotor recebeu, em 2012, a Medalha Mérito do Ministério Público.

Mais recentemente, ele foi escolhido para presidir o Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC), colegiado que reúne os Gaecos de todos os MPs do Brasil.

Alfredo Gaspar de Mendonça, além da formação acadêmica no curso de Direito, é pós-graduado em Direito Público.