Política

Ex-assessora de Bolsonaro trabalhava como personal durante expediente

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Uma ex-assessora de gabinete do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), na Câmara dos Deputados, em Brasília, trabalhava como personal trainer e morava no Rio de Janeiro na mesma época. Nathalia Melo de Queiroz aparece no relatório da Coaf, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras.

De acordo com o “Jornal Nacional”, Nathalia é filha de Fabrício de Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, deputado estadual e senador eleito. Ela teria trabalhado como assessora de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e posteriormente como secretária parlamentar no gabinete de Bolsonaro.

O jornal “Folha de S. Paulo”, revelou nesta sexta-feira(14), que Nathalia trabalhava nesta mesma época como personal trainer no Rio de Janeiro.

Ainda segundo a “Folha de S. Paulo”, “em sua descrição numa rede social, Nathalia identificava-se como educadora física e certificada em eletroestimulação”.

De acordo com a TV Globo, entre 2011 e 2012, época em que era servidora da Assembleia do estado, Nathalia trabalhou como recepcionista numa academia que fica em um e shopping do Rio de Janeiro.

Nathalia foi nomeada na Câmara dos Deputados em Dezembro de 2016, como secretária parlamentar e lotada no gabinete de Jair Bolsonaro. Nos últimos meses seu salário chegou aos R$ 10.088,42.

Clientes que contrataram os serviços de Nathalia como personal trainer confirmaram que ela atendia em dias de semana, e em horários comerciais. O seu cargo na Câmara dos Deputados prevê que ela cumpra 40 horas semanais no gabinete.

Segundo informado no “Jornal Nacional”, Nathalia apagou seu perfil nas redes sociais.

No início da semana, Bolsonaro foi questionado sobre a funcionária do gabinete dele, Nathalia. Respondeu: “Ah, pelo amor de Deus, pergunta para o chefe de gabinete. Eu tenho 15 funcionários comigo”.

No relatório da Coaf, consta que o nome de Nathalia está associado a uma transferência de R$84 mil para a conta do pai dela, Fabrício de Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, derante 13 meses, incluindo o período em que trabalhava no gabinete do presidente eleito.

Fabrício Queiroz foi convocado pelo Ministério Público para prestar depoimento semana que vem.