Pesquisa do Instituto Fecomércio aponta que 57% dos consumidores devem comprar nesse período
A Pesquisa de Intenção de Consumo para o Natal, realizada pelo Instituto Fecomércio, aponta que 57,8% dos entrevistados afirmam que irão comprar nas festas de fim de ano. Para o comércio, este é o melhor período para vendas no ano. O pagamento do décimo terceiro reflete um aumento de R$ 1,754 bilhão na renda da economia alagoana e esse valor estimula o consumo. Em Maceió, o gasto com presentes, em relação ao valor médio, será de R$ 290,18. A circulação no comércio de bens e serviços ficará em torno de R$ 38 milhões na capital. Além disso, a recuperação da economia, em conjunto com uma redução das taxas de desemprego, motiva os empresários a contratar mais temporários, investir mais na diversificação de mercadorias e serviços disponíveis, o que estimula a cadeia econômica.
Quando comparada a intenção de compras para o Natal 2018, em relação aos anos de 2017 e 2016, houve uma queda este ano, pois os entrevistados apontaram nos períodos anteriores ter intenção de comprar 60,6% e 72%, respectivamente.
A pesquisa do Instituto Fecomércio fez perguntas direcionadas ao 13º salário. 72% dos entrevistados recebem o vencimento e 32,4% vão utilizar a remuneração para pagar contas em atraso. Já 24,1% vão utilizar para pagar despesas do início do ano, a exemplo de matrícula e material escolar, IPTU, entre outros. Já 8,5% dos consumidores vão usar o pagamento para as compras de Natal e 6,9% para as férias e viagens.
Para os 41,6% dos consumidores que disseram que não irão consumir, os principais motivos são: desemprego (26,8%); endividamento (22,9%); comemora de outra maneira (11,7%); não tem a quem presentear (11,2%), entre outras questões.
Para quem vai gastar, a maioria pretende comprar apenas um presente (53%), dois (26%) e, acima de cinco, apenas 10%. De acordo com o levantamento, os filhos serão os mais presenteados neste Natal (42%). Em seguida, os cônjuges (33%).
Os pesquisadores também abordaram quanto os consumidores pretendem gastar com presentes. O resultado é animador para o setor, pois 20,8% pretendem gastar entre R$ 201 a R$ 250; 25,3%, entre R$ 251 a R$ 300; 17,3%, acima de R$ 400, entre outros percentuais.
Os estoques das lojas de brinquedos devem se preparar, pois os consumidores (28,2%) estão dispostos a comprar brinquedos, 23,1%, vestuário; seguido de perfumes e cosméticos com 12%. Os consumidores apontaram outras opções como: calçados, artigos esportivos, eletroeletrônico, eletrodoméstico, livros.
As lojas dos shoppings devem ser as mais procuradas pelos entrevistados (51,2%) que também vão consumir no centro de Maceió (20%), lojas de rua/bairro/galeria (15,9%), internet (10,3%) e supermercados (2,4%).
A forma de pagamento que deverá ser mais utilizada será o cartão de crédito parcelado (67,1%), à vista/dinheiro (21,4%), à vista/cartão de débito (8,6%) e cartão de crédito rotativo (2,7%).
O preço (42,9%) é o fator que mais atrai os clientes, segundo a pesquisa do Instituto Fecomércio. Os consumidores também consideram outros motivos: promoção (9%); qualidade dos produtos (2%); praticidade (11%) e 20% já saem de casa sabendo onde vai comprar.
Perfil
Do total de entrevistados, 55% são pessoas do sexo feminino e 45% do sexo masculino e tendo 67,8% com grau de escolaridade superior. A maioria (41,8%) com idade entre 25 e 34 anos. Entre os entrevistados, 65,2% têm renda entre dois e cinco salários mínimos.
A pesquisa foi realizada no período de 19 de novembro a 23 de novembro de 2018. Durante o período as entrevistas foram realizadas em ambientes de consumo de grande circulação. A técnica utilizada foi de pesquisa quantitativa/qualitativa por amostragem. A técnica de coleta de dados foi a de entrevista pessoal individual aplicada com base em questionário estruturado desenvolvido pelo núcleo de pesquisa do Instituto Fecomércio composto por 11 perguntas fechadas (entre respostas múltiplas e únicas). O tamanho mínimo da amostra estimado foi determinado em 500 entrevistados na capital alagoana, com nível de confiança de 95% e margem de erro de 5%. (2,5% para mais ou para menos).
O assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha, explica que esse período também é bastante favorável para o turismo. Segundo ele, o período de férias escolares demanda serviço de turismo, creche e colônia de férias.
Vale ressaltar que a pesquisa determina o nível de consumo da população de Maceió com a intenção de subsidiar os empresários dos mais diversos nichos de comércio e serviços da região a fim de contribuir para a análise dos níveis de estoque e de demanda, além de informar a sociedade o nível de atividade econômica da capital alagoana.
A pesquisa completa está disponível no endereço www.fecomercio-al.com.br/instituto.