Economia

13º salário vai injetar R$ 1,7 bilhão na economia de AL

O 13º salário deve injetar cerca de R$ 1,754 bilhão na economia alagoana. Segundo prognóstico da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 46% desse valor será gasto no comércio e serviços da região, algo em torno de R$ 807 milhões; 21% destinarão parte do pagamento para sanar dívidas, ou seja, R$ 368 milhões e 28% ou R$ 491 milhões para poupança e pagamento de
impostos.

Entre os meses de janeiro a outubro, o comércio varejista ampliado aponta crescimento de 2,2% do volume de vendas comparado ao mesmo período do ano anterior; e crescimento de 4% na receita nominal dos empresários do setor, no mesmo período citado. A previsão do comércio é que encerre o ano com crescimento de 3% no
volume de vendas e ampliando sua receita em 4,8%.

Como a previsão da inflação deste ano será de 4,2%, o incremento real da receita dos empresários do setor deverá crescer 0,6%, fato positivo, já que a inflação de 2,95% praticamente empatou com o crescimento da receita do setor, em Alagoas, ano passado.

Assim, aponta-se para melhora no setor, que já responde positivamente em termos de contratação. Entre agosto e outubro, foram gerados, em Alagoas, cerca de 859 postos de trabalho líquidos no comércio e 1.047 no setor de serviços. No geral, a atividade produtiva gerou cerca de 22.447 postos de trabalhos. “Vale ressaltar que a maior parte desse trabalho se destina a empregabilidade sazonal do setor canavieiro”, afirma o assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha.

Já o setor de serviços, excluindo da análise a atividade turística, ainda não conseguiu se desvencilhar das amarras da crise, o que deve acontecer apenas em 2019. O volume acumulado de serviços é -3,3% menor do que no mesmo período do ano passado (janeiro a outubro) e a receita nominal do setor está -1,1% abaixo do período anterior.

Como o IBGE não faz análise do setor turístico de Alagoas, apenas da Bahia e de Pernambuco, pode-se tomar como base a análise dos dois estados da região que cresceu tanto em termos de volume das atividades turísticas quanto em termos de receita nominais. “Alagoas vem se destacando, ano a ano, como destino de turistas domésticos e internacionais. Como Pernambuco cresceu, entre janeiro a outubro, 4,7% na atividade turística (frente ao ano passado) e 6,2% na receita nominal do setor e; a região da Bahia, cresceu 2,7% e 4,6%, respectivamente, ao longo do ano, Alagoas deve apresentar dinâmica média muito parecida”, explicou o economista.