A apreensão de 38 aparelhos celulares na Penitenciária de Segurança Máxima, neste final de semana, chama atenção para um problema que está longe de ser solucionado, em Alagoas. Apesar das revistas e inspeções frequentes, reeducandos do sistema prisional continuam tendo acesso aos equipamentos e mantêm a velha prática de comandar crimes.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas, Kleiton Anderson, não é possível coibir totalmente a entrada de celulares no sistema. Familiares e integrantes de grupos criminosos arremessam os aparelhos sobre os muros e ousam quando precisam esconder nos alimentos.
No sábado, o Grupo de Escolta Remoção e Intervenção Tática do sistema prisional realizou um verdadeiro “pente fino” na penitenciária e encontrou os aparelhos no módulo ‘D’. Kleiton ressalta que a Penitenciária de Segurança Máxima não possui bloqueador de celular e sugere como medida paliativa o desligamento da energia elétrica nas celas para evitar o uso do aparelho, assim como ocorre no PSM 1. “Sem energia dificulta o carregamento dos aparelhos”, explica.
A Secretaria de Ressocialização e Inserção Social (Seris) publicou nota informando que a operação foi integrada entre agentes penitenciários com o apoio de policiais militares e que os resultados foram comunicados ao Poder Judiciário.