Aulas tradicionais, geralmente, só aumentam o desinteresse e desestímulo dos alunos. É nesse cenário que surgem os novos métodos de ensino, voltados para uma geração em constante mudança. Buscando mudar a estrutura tradicional pedagógica, algumas instituições de ensino têm experimentado a realização de aulas em círculo ou adotado a chamada sala de aula invertida – onde alunos e professores trabalham juntos.
A escola Waldorf Jardim Vir a Ser é um exemplo. A instituição trabalha com o método de ensino desenvolvido pelo Austríaco Rudolf Steiner, baseado em uma abordagem mais lúdica, onde crianças aprendem através das artes e da própria vivência. Além disso, o foco do ensino não está na aprendizagem rápida de leitura e o processo de alfabetização se inicia após os sete anos.
Lá, os educadores enxergam nas brincadeiras cotidianas, como subir em uma árvore, a necessidade de escolha feita pelas crianças. E todas as escolhas têm consequências. Conhecer o peso do seu corpo e saber se o seu braço terá força para se pendurar em um galho pode parecer coisa boba, mas existe muita consciência nessa ação. É com situações parecidas que a Escola ensina seus alunos.
Segundo a diretora Daiane Dias, a instituição só trabalha com a educação infantil e não existem matérias fixas em sua grade curricular. “O que trazemos para as crianças é o fazer”, pontua, explicando que a função da escola não é colocar a criança dentro de uma “caixa”, mas fazer com que ela vença os seus limites.
O método tradicional é diferente. Nele, o professor é a figura central, tido como detentor do conhecimento, e o aluno é visto com o objeto onde o conhecimento será depositado. Esse é o método mais comum na maioria das escolas. Nesse modelo também existe a ideia de reprovação, quando os alunos não cumprem com as metas esperadas para o ano vigente.
Ao matricular os filhos em uma nova escola, é preciso conhecer como tais métodos são aplicados na prática e, ao longo do ano letivo, entender os objetivos das atividades propostas, para apoiar a formação do estudante. Vale lembrar que nem sempre é fácil entender as diferenças, o importante, é analisar se as características do modelo adotado se adequam à personalidade de cada criança.
Conhecendo os métodos
Existem dezenas de linhas pedagógicas, entre elas: Construtivista, Freiriana, Montessoriana, Waldorf e Tradicional. E uma das suas definições é que as mesmas são modelos teóricos que suportam a criação de currículos escolares e orientam os planos de aula. Além disso, elas também abrangem desde a forma de como o conteúdo escolar é passado até como os professores devem se relacionar com os alunos. Conheça um pouco sobre cada modelo:
Construtiva
Nesse método pedagógico, o aluno é o protagonista do seu processo de aprendizado. Ou seja, a educação não é uma simples transmissão de conhecimento, ela vai além, tornando-se um processo que dá suporte e permite ao aluno criar e experimentar o conhecimento e o aprendizado.
Freiriana
A escola freiriana também é conhecida como Educação Libertadora. Essa metodologia de ensino propõe o desenvolvimento da visão crítica do aluno por meio das práticas em sala de aula. Dessa forma, o professor deve apresentar os conteúdos para o aluno, mas não como uma verdade absoluta. Nesse método, professor e aluno aprendem juntos.
Montessoriana
Nessa abordagem, também chamada de pedagogia científica, as salas são equipadas com diversos materiais onde os alunos podem escolher o que irão fazer em cada dia. O professor tem papel de guia, tirando dúvidas e ajudando os alunos a superar as dificuldades, além de organizar a gradação das atividades para garantir a evolução de cada indivíduo.