Em duas semanas, a Fifa, clubes de futebol, patrocinadores, federações, lobistas, advogados e investidores tomarão decisões que podem mudar o curso do futebol mundial. As partes se reunirão no Marrocos para esboçar acordos que devem ser aprovados em um novo encontro marcado para março, nos Estados Unidos. As informações são do jornal “O Estado de S Paulo”.
No centro do debate está a possibilidade da venda dos direitos comerciais da Copa do Mundo para investidores privados, que prometem aumentar em cinco vezes a receita do Mundial, alcançando o valor de US$ 25 bilhões. O plano prevê abrir 50% das ações do evento a bancos e investidores e suspeita-se que um fundo saudita esteja por trás do consórcio.
Outra proposta é de realizar o Mundial de Clubes a cada quatro anos, substituindo a Copa das Confederações, o que mudaria o formato anual aplicado atualmente. Os clubes europeus querem garantias financeiras para apoiar o projeto, que enfrenta resistência dentro da instituição.
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, também colocará em pauta o aumento no número de seleções da Copa do Mundo do Catar, que será realizada em 2022, das atuais 32 para 48 seleções. A mudança já está garantida para 2026, mas o dirigente quer antecipar a medida, o que exigiria que países vizinhos como Bahrein e Arábia Saudita participassem da organização do torneio. A possibilidade de levar jogos para Omã, Turquia e Irã não está descartada.