Superintendente explicou que o reajuste anual consta no contrato firmado na licitação do transporte público.
A discussão sobre percentual de reajuste das passagens nos ônibus urbanos de Maceió está longe de terminar. Depois do protesto realizado pelos representantes das mais de 40 entidades, que formam o Comitê Pelo Reajuste de Passagem, na manhã desta sexta-feira, 11, uma comissão foi recebida pelo Superintendente Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), Antônio Moura.
Na ocasião, foi criado um grupo de trabalho para estudar o contrato de licitação e a planilha financeira das empresas. O resultado desse estudo deve ser objeto de apreciação do conselho de transporte. “Tudo isso para que o debate sobre o valor da tarifa seja feito com o máximo de subsídios possíveis. Nós entendemos que só uma parte desse contrato está sendo cumprida: a parte em que pagamos mais caro. Mas os empresários não têm cumprido o que está previsto”, disse Magno Silva, representante da mobilização, em vídeo divulgado nas redes sociais.
Além disso, o movimento reivindica a entrada do comitê no conselho de transporte. “O setor jurídico da SMTT já concordou e nós vamos formalizar essa representação no conselho”, completou Magno. As entidades querem garantir que haja representatividade popular no colegiado e que os reajustes solicitados, tanto pelos empresários, quanto pelo comitê, sejam amplamente analisados.
Em entrevista à imprensa, o superintendente Antônio Moura disse que o prefeito não concorda em aumentar a passagem para R$ 4,15. No entanto, explica que o reajuste é inevitável porque consta em contrato firmado na licitação do transporte público da capital. O superintendente também explica que a redução do valor da passagem, dos atuais R$ 3,65 para R$ 3,15 – pleiteados pelo comitê – não será possível. “A redução tarifária não será permitida por causa de um contrato que é fruto da licitação, que determina obrigações por parte das empresas e da prefeitura”, diz.
A reunião do conselho de transporte ainda não tem data marcada.