Expectativa, informações desencontradas e muito pânico. Assim tem sido o dia-a-dia dos moradores do bairro do Pinheiro, na capital alagoana. O drama teve início em março do ano passado, após abalo sísmico de mais de 2 pontos na Escala Ritcher e que resultou na abertura de uma série de fissuras e rachaduras no bairro.
Desde então, técnicos do município, geólogos e especialistas de várias entidades estudam o fenômeno, que pode estar ligado ao próprio terreno do bairro, à extração do salgema e, ainda, a dolina (que podem ser formadas em áreas urbanas, causadas por vazamentos em sistemas de distribuição de água ou coleta de esgotos ou por falhas na drenagem de águas de chuva. Esses eventos podem ocasionar erosão subterrânea e levar ao desmoronamento de ruas e calçadas).
A despeito dos estudos que estão em andamento, os relatos de áreas de riscos, com graus de gravidade, tem provocado a evasão do bairro, além de pânico generalizado. Nesta segunda, 14, em meio a mais boatos e supostos laudos técnicos, a Defesa Civil de Maceió e o Serviço Geológico do Brasil emitiram uma nota oficial conjunta:
A Defesa Civil de Maceió e o Serviço Geológico do Brasil informam que não há qualquer relatório conclusivo que aponte a causa do surgimento de fissuras no bairro Pinheiro. Os estudos na região estão em andamento com especialistas de diversas áreas designados pelo Governo Federal, ainda sem previsão de encerramento, e são complexos devido à raridade do fenômeno. Sendo assim, é inverídica qualquer informação que aborde uma suposta situação de colapso no bairro. A Defesa Civil de Maceió orienta que, para qualquer esclarecimento, o cidadão busque canais oficiais de informação, seja no site da Prefeitura de Maceió por meio do link _www.maceio.al.gov.br/defesacivil_ ou pelo número 0800 030 6205.
A Defesa Civil também iniciou o cadastramento das famílias que possuem residências nas áreas consideradas críticas, a exemplo do Conjunto Divaldo Suruagy. Uma reunião foi convocada para as 19h desta segunda (14) às 19h30 na Praça Menino Jesus de Praça, onde os moradores debaterão a situação.