A Polícia Civil descarta latrocínio e diz que morte de empresária potiguar foi encomendada.
A Polícia Civil acredita que a morte da empresária Maria da Conceição de Lima Barbosa, de 56 anos, em novembro de 2018, no interior do estado, foi uma execução. A informação foi divulgada durante uma entrevista coletiva concedida pelos delegados responsáveis pela investigação, na tarde desta quinta-feira (17). Dois suspeitos foram presos nos estados de Sergipe e Alagoas, mas a polícia ainda procura outras três pessoas que possivelmente estão envolvidas no crime.
Dona de um posto de combustíveis, Maria da Conceição foi assassinada com um tiro na cabeça na madrugada de 8 de novembro do ano passado. O diretor da Divisão Especializada em Combate ao Crime Organizado (Deicor), delegado Erick Gomes, afirmou que a possibilidade de latrocínio, que é o roubo seguido de morte, foi descartada, porque a filha, que acompanhava a mulher, foi liberada pouco após elas terem sido abordadas e porque o carro e outros objetos pessoais foram deixados para trás na cidade paraibana de Mamanguape.
“Sem sombra de dúvidas, foi um crime encomendado”, afirmou o delegado, que disse que a razão da execução ainda é investigada.
Os homens presos em Alagoas e Sergipe foram identificados graças a um carro alugado em Pernambuco. O automóvel usado pelos criminosos foi encontrado carbonizado entre as cidades de Santo Antônio e Espírito Santo, no interior do Rio Grande do Norte. Os policiais conseguiram identificar que ele pertencia a uma locadora de Recife e, em contato com a empresa, conseguiram identificar que o contrato de locação aconteceu 11 dias antes do crime.
Os investigadores levantaram dados do cliente que alugou o carro, um jovem de 22 anos, que agiu de forma indireta. Segundo a polícia, a única função dele era alugar o carro. Ele foi preso em Aracaju, capital de Sergipe. Depois, os policiais prenderam um suspeito de 33 anos, na cidade alagoana de Arapiraca. Ele estava com dois revólveres e munições de espingarda.
Confira entrevista dos delegados do Caso: