Uma força-tarefa está sendo criada para discutir o assunto.
O procurador-geral de justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, disse nesta segunda-feira, 21, que vai reunir promotores de justiça e uma equipe técnica da Braskem para discutir a situação no bairro do Pinheiro. No final de semana o procurador participou de uma assembleia no bairro onde comentou que o MP poderá pedir a suspensão das atividades da empresa até que os especialistas divulguem o laudo sobre as causas das rachaduras que surgiram nos imóveis.
Isso porque há uma teoria de que os tremores e fissuras nos imóveis do bairro foram causadas a partir da exploração desordenada dos poços de sal-gema da Braskem. Esta é apenas uma das teorias apontadas durante a investigação do fenômeno, inédito no Brasil.
De acordo com informações da assessoria de comunicação do MP, na próxima quinta-feira, Gaspar de Mendonça se reunirá com a Prefeitura de Maceió e posteriormente com o Conselho Superior do MPE/AL. “Os Três encontros servirão para discutir o assunto. Após essas reuniões, será designada uma força-tarefa compostas promotores, sob a presidência de um procurador de justiça, para acompanhar o caso e decidir quais procedimentos devem ser adotados pela instituição ministerial”, diz a nota encaminhada à imprensa.
Em nota à imprensa, a Braskem garante que não existe relação entre as atividades de mineração e as ocorrências observadas na região do Pinheiro e também que a empresa não possui poços em operação no bairro. Confira a nota na íntegra:
“A Braskem realiza atividades de mineração em Alagoas desde 1975. Estas atividades são precedidas de minuciosos exames geológicos e geomecânicos das áreas exploradas. Todo acompanhamento do processo de extração é realizado por Engenheiros de Minas e Técnicos da empresa, utilizando a mais moderna tecnologia do setor.
Ao longo do período de extração, a Braskem monitora e realiza estudos de acompanhamento com empresas e consultores especializados e de renome internacional, seguindo todas as normas técnicas e legais nacionais e internacionais referentes a este tipo de operação.
Todo este permanente trabalho de monitoramento ao longo dos anos permite afirmar, até o momento, que não há qualquer relação entre as atividades de mineração e as ocorrências observadas na região do Pinheiro. Vale ressaltar que a empresa não possui poços em operação neste bairro.
A Braskem tem prestado todos os esclarecimentos aos órgãos de fiscalização e controle e tem apoiado com estudos e ações adicionais a investigação das causas do ocorrido. A empresa tem estabelecido canais de comunicação com a comunidade, com a imprensa e com outras entidades da sociedade civil organizada para participar da solução dos problemas.
A Braskem reafirma seu compromisso com a segurança, a sustentabilidade e com uma atuação empresarial responsável”.