Dez dos onze vereadores têm mandados de prisão temporária emitidos pela Justiça. Polícia investiga cobrança de propina para aprovar matérias enviadas pela prefeitura ao legislativo.
A Justiça determinou a prisão temporária de dez vereadores de Augustinópolis, na região norte do Tocantins. A Polícia Civil cumpre os mandados na manhã desta sexta-feira (25). Apenas o presidente da Câmara de Vereadores não teve a prisão decretada, mas está sendo levado para depor. Ao todo, a cidade tem 11 vereadores. A operação foi chamada de Perfídia e investiga a cobrança de propina para aprovar projetos enviados pela prefeitura da cidade.
Até às 7h30, sete vereadores foram presos e três são considerados foragidos. A operação é feita pela Polícia Civil e Ministério Público. São 14 mandados de busca e apreensão, dez de prisão temporária e três mandados de condução para depor.
Segundo a investigação, os vereadores cobravam propina para aprovar projetos enviados pela prefeitura. A suspeita é de que o esquema movimentava cerca de R$ 40 mil por mês.
Além de determinar a prisão, a Justiça determinou também o afastamento dos dez vereadores por 180 dias. Com isso os suplentes devem ser nomeados imediatamente para ocupar os cargos. Apenas o presidente da Câmara, que não está sendo investigado neste momento, continua no cargo.
Os mandados de prisão são contra os seguintes vereadores:
Maria Luisa de Jesus do Nascimento
Antônio Silva Feitosa
Antônio Barbosa Sousa
Antônio José Queiroz dos Santos
Edvan Neves Conceição
Ozeas Gomes Teixeira
Francinildo Lopes Soares
Angela Maria Silva Araújo de Oliveira
Marcos Pereira de Alencar
Wagner Mariano Uchôa Lima
Serão levados para depor o presidente da Câmara de Vereadores, Cícero Cruz Moutinho, o secretário de administração de Augustinópolis e um servidor do controle interno do município.
O G1 tenta contato com a defesa dos suspeitos e com a Prefeitura de Augustinópolis.