Em entrevista à imprensa no final da manhã desta sexta-feira (25), o delegado Rodrigo Sarmento disse que está descartada a versão de latrocínio (matar para roubar) no caso do taxista Edísio Correia, de 64 anos. Para o delegado, o crime não ocorreu apenas para subtração dos bens, havia um interesse na morte do taxista.
O delegado informou que a real motivação para o homicídio será repassada à imprensa em uma entrevista coletiva em data e local a serem definidos. As diligências, no entanto, continuam com o objetivo de prender os demais acusados no crime. Ainda segundo Sarmento, Guilherme Ferreira, 18 anos, que foi flagrado abandonando o táxi da vítima, é suspeito de ser um dos autores do homicídio.
Guilherme estava em progressão de pena após ter cumprido medida socioeducativa por ter matado um colega de alojamento numa clínica de reabilitação para dependentes químicos onde estava internado, em Marechal Deodoro.
Segundo o pai de Guilherme, ele luta há anos contra o vício do filho, inclusive pagando as dívidas dele junto a traficantes da região. O tio do acusado, que também é taxista, deu um depoimento emocionado na porta da Delegacia de Homicídios. “Eu tenho medo desse tipo de gente, eu deixei de rodar à noite por causa desse tipo de gente. Eu tenho nojo dele”, disse com a voz embargada.