Viúva negra: após trama para matá-lo, administrador disse que vai sair de AL

Reprodução TV Pajuçara

Jaetts disse que deixará AL após trama para matá-lo

O administrador Jaetts Ferreira Junior, de 57 anos, personagem central de uma trama de morte, disse em entrevista à TV Pajuçara que irá deixar Alagoas. “Não tenho estrutura para isso”, disse se referindo a todo plano. A mulher, Suely Morais Amaral, e o enteado, Igor Amaral Casado, foram presos acusados de planejar a morte de Jaetts. Igor teve fiança arbitrada em R$ 20 mil por posse irregular de arma de fogo.

Jaetts contou como foi informado do plano para matá-lo pelo ‘contratado’ e que viveu dias de terror antes de forjar a própria morte. Segundo o administrador, ele possuía uma rotina sistemática e sentiu uma “sensação estranha”, como se estivesse sendo seguido. Dias depois teria sido contatado pelo executor, identificado pela polícia como João, que confessou ter sido contratado por Suely para matar Jaetts.

João teria afirmado que “quando começou essa história ela (Suely) pensou que eu iria evoluir de cobrador para assassino, mas eu não sou assassino”. O contratado ainda forneceu detalhes de todas as conversas com Suely, da urgência dela pela morte do companheiro, além da necessidade do aparecimento do corpo, como forma de acelerar questões burocráticas como o inventário. Suely chegou a sugerir que o contratado arrumasse veneno para ela colocar no suco de Jaetts.

A aposentada, que também é acusada de agiotagem, ainda pediu detalhes de como se deu a suposta morte do companheiro, como ele foi levado, como teria reagido à beira da morte e, finalmente, se não havia a possibilidade dele ter resistido.

Questionado como se sentia sobre a tramoia, o administrador desabafou: “Eu sou um idiota, pensando que a mulher era uma companheira, mas era uma inimiga. A gente espera um bandido na rua, a gente não espera um inimigo dentro de casa”.

Tribunal de Justiça

A assessoria do TJ informou na manhã desta quinta (31) que Suely Morais Amaral, Igor Amaral Casado se encontram presos por ordem da 17ª Vara Criminal da Capital, no âmbito da “Operação Viúva Negra”. Trata-se de uma prisão temporária com prazo de cinco dias, que pode ser prorrogado.

Quando foi cumprida a prisão temporária e um mandado de busca e apreensão na casa de Igor Amaral, foi encontrada uma arma de fogo calibre 22. Por conta disso, ele foi preso em flagrante por posse ilegal de arma. Quanto a essa prisão, foi estabelecida fiança de R$ 20 mil pelo próprio delegado do caso. O juiz Rodolfo Osório, que realizou a audiência de custódia ontem, manteve fiança conforme estabelecida pelo delegado. No entanto, mesmo que ele pague, não será liberado, devido à prisão temporária determinada pela 17ª Vara Criminal.

 

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