Suely Morais Amaral e o filho Igor Amaral Casado permanecem no cumprimento da prisão preventiva, determinada na última terça-feira (29), sob acusação de terem planejado a morte do administrador Jaetts Ferreira Júnior, de 57 anos. Igor também foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, com fiança arbitrada no valor de R$ 20 mil.
Durante uma entrevista concedida à TV Pajuçara, as defesas de Suely e Igor, representadas, respectivamente, pelos advogados Raimundo Palmeira e Bruno Calado, destacam que o principal ponto a ser investigado são as divergências que, segundo eles, constam na versão contada pelo administrador. Entre elas, a defesa alega que João, funcionário supostamente contratado para assassinar o administrador, era conhecido não só de Suely, mas também de Jaetts, e que inclusive prestava serviços para ele, versão que difere da informada pelo administrador. “Ele conhecia o funcionário até porque os imóveis também eram administrados por Jaetts”, alega.
A defesa pede que a polícia investigue o funcionário central da polêmica, sob a suspeita de que teria partido dele a proposta para a morte e que possivelmente ele estaria extorquindo o casal. “Ele procurou ela dizendo que o marido teria interesse em matá-la, como possivelmente deve ter procurado ele dizendo a mesma coisa para possivelmente puxar dinheiro dos dois”, disse.
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O advogado falou sobre o desentendimento entre Jaetts e Igor, e alega que o jovem se privava ao não falar com o administrador devido ao comportamento dele com sua mãe, que não o agradava, incluindo supostas traições praticadas por Jaetts.
Entre as acusações que pesam sobre os investigados, está o crime de agiotagem o qual a defesa afirma que a suspeita não cometia. “Um agiota é uma pessoa que vive de empréstimo de dinheiro, Suely tem um patrimônio compatível com sua renda lícita e, além de um bom salário, Suely recebe renda de aluguéis”. Também investigados pelo crime de lavagem de dinheiro, a defesa afirma que “não existe lavagem de capital se o capital não for advindo de um crime”. Por fim, Raimundo Palmeira fala que Suely nega que teria planejado a morte do administrador.