Em 15 de agosto, segundo a investigação da 35ª DP (Campo Grande), o veterinário entrou no local vestindo uma touca ninja e levou equipamentos, celulares, computadores, câmeras de segurança e HDs externos.
De acordo com depoimentos de funcionários, obtidos pelo EXTRA, Leandro e um comparsa fingiram que a ratazana morta suja com catchup era um cachorro ferido para entrar na clínica, que fica com a porta fechada no período noturno. O plano, descoberto pela polícia, consistiu em tocar no interfone da clínica, com o animal no colo, envolto num pano ensanguentado, dizendo precisar de ajuda. Quando a porta foi aberta, o comparsa de Leandro, que usava o disfarce, colocou uma touca ninja e sacou uma arma. Em seguida, Leandro teria entrado no estabelecimento para ajudar a recolher os aparelhos.
O plano teria dado certo se não fosse por dois detalhes: a voz do veterinário foi reconhecida por alguns de seus ex-funcionários que ainda trabalhavam na clínica e, durante a fuga, Leandro deixou seu celular cair. No aparelho, agentes encontraram dados de procedimentos que o veterinário faria nos dias seguintes ao roubo.
Leandro já havia sido preso em flagrante por maus-tratos a animais em setembro do ano passado, durante uma operação da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. Durante a ação, agentes da especializada encontraram 43 animais com doenças de pele e com fome em ONGs de proteção a animais do veterinário. Segundo os agentes, os bichos mal recebiam água. Ele ainda responde na Justiça pelos crimes.