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Casos de gravidez na adolescência são monitorados pelo Inep

O prazo para escolas responderem ao questionário vai até 15 de abril

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Gravidez na adolescência

A cada mil adolescentes, cerca de 56 engravidam no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. O índice é alto, embora a entidade aponte uma redução de 13% no número de bebês nascidos de mães adolescentes. Por isto, desde o dia 14 de fevereiro o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibilizou o “Questionário sobre quantidade de casos de gravidez em adolescentes escolares”.

Os gestores escolares ou pessoas designadas pelas instituições de ensino devem respondê-lo até 15 de abril utilizando o link disponível no Sistema Educacenso. Realizado pelo Ministério da Educação (MEC) e Ministério da Saúde (MS), por meio do Programa Saúde na Escola, o monitoramento acompanha os casos registrados em 2018, entre mães que integram a faixa etária de 10 a 19 anos, e visa fortalecer ações conjuntas para reduzir as taxas atuais.

Embora a ação seja relativa à educação básica, as taxas de gravidez são identificadas também entre mulheres que já cursam o terceiro grau. Mesmo curando o ensino superior, conciliar maternidade com os estudos é desafiador. É o que sinaliza Kelly Borges, de 19 anos. “Entrar na faculdade sempre foi o meu sonho, mas a chegada de Gabriel mudou meus planos”, conta a estudante que descobriu a gravidez quando cursava o segundo ano da graduação.

Para driblar as dificuldades e não ficar distante dos livros, a estudante investe atualmente na formação técnica, também como uma forma de se manter atualizada sobre as mudanças e perspectivas do mercado de trabalho. Ainda assim, terminar a faculdade ainda é um sonho que se mantém vivo.

“Estudar novamente é tudo que eu mais quero, porém, com filho, tudo é mais complicado. Já tentei voltar duas vezes e não consegui dar continuidade. A faculdade é algo mais distante agora mas, por enquanto, estou investindo em curso técnico”, explica a estudante. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as meninas negras são as mais afetadas pela gravidez na adolescência: 19,7% entre pardas e 15,3% entre pretas engravidam entre 10 e 19 anos.

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