Justiça

Homem que matou a irmã por não ter comida pronta é condenado a 24 anos de prisão

Claudemir Mota/Ascom MPE

Claudemir Mota/Ascom MPE

Mais de 24 anos de prisão. Esse foi o veredito dado pelo corpo de jurados a José Nivaldo Emídio, que assassinou a própria irmã, Maria Lúcia Emídio, a golpes de faca depois de chegar em casa e não ter comida pronta. O réu ainda foi condenado por lesão corporal contra a sobrinha, que tentou salvar a mãe. O crime ocorreu em outubro de 2016.

José Nivaldo Emídio foi condenado a 23 anos de quatro meses por duplo homicídio qualificado e um ano e três meses por lesão corporal. Segundo a denúncia do Ministério Público, José Nivaldo era usuário de drogas, alcoólico e tinha histórico de violência contra a irmã.

“O resultado do julgamento foi a contento, conforme o Ministério Público esperava. Pedimos condenação em duplo homicídio qualificado por feminicídio e sem direito à defesa, as teses defensivas foram rechaçadas e as do Ministério Público acolhidas pelo conselho de sentença. A pena foi adequada, em relação a este homicídio, e sobre a lesão contra a sobrinha é uma pena natural para o tipo de crime. Somadas as penas, chegaram a quase 25 anos, então entendemos que foi feito justiça no caso e que a condenação resultou das forças de investigação da polícia, do Ministério Público e também das exposições feitas em plenário”, declara o promotor Leonardo Novais.

O caso

O réu, José Nivaldo Emídio, chegou em casa no dia do crime e percebeu que não havia comida. Uma discussão foi iniciada com a irmã, Maria Lúcia, e numa atitude de extrema violência ele pegou uma faca e desferiu golpes na nuca e nas costas da vítima. Sem a menor chance de defesa, Maria Lúcia morreu.

A sua filha, Marilúcia Emídio, vendo o desespero da mãe e tentando salvá-la, resolveu intervir e também foi lesionada. As atitudes animalescas de Nivaldo, segundo testemunhas, eram antigas, inclusive, por diversas vezes, chegou arremessar comida contra a irmã. Ele também é acusado de ser usuário de drogas.