Cultura

Cineasta alagoano toma posse como imortal da Academia Brasileira de Letras

Reprodução/TV Globo

Cacá Diegues

O cineasta Cacá Diegues, diretor de “Xica da Silva”, “Bye Bye Brasil” e “Orfeu”, entre outros filmes, tomou posse nesta sexta-feira (12) na Academia Brasileira de Letras. No primeiro discurso como imortal, mencionou a influência da literatura no cinema.

Ele passou a ocupar a Cadeira 7 da instituição, substituindo o também diretor Nelson Pereira dos Santos, que morreu em abril. Os dois eram amigos e, juntos, fizeram parte do movimento conhecido como Cinema Novo.

“A escolha da Academia pelo meu nome é também uma homenagem a Nelson, ao cinema brasileiro, a tudo que nós fizemos juntos e separados. É uma grande noite para o cinema brasileiro”, disse, após a cerimônia, em entrevista à TV Globo.

O cineasta foi eleito em agosto do ano passado. Ele concorreu com 11 candidatos e recebeu 22 votos dos 24 acadêmicos presentes, 11 por cartas. Três não votaram por motivo de saúde.

Vida e obra

Alagoano radicado no Rio de Janeiro, Diegues fez mais de 20 longas-metragens ao longo da carreira. Entre os mais premiados estão “Bye Bye Brasil” (1980), “Veja esta canção” (1994) e “Tieta do Agreste” (1995), além de “Xica da Silva”.

Também são filmes dele: “Ganga Zumba” (1964), “Os herdeiros” (1969), “Joanna Francesa” (1973), “Chuvas de verão” (1978), “Quilombo” (1984), “Um trem para as estrelas” (1987), “Orfeu” (1999), “Deus é brasileiro” (2003), “O maior amor do mundo” (2005) e “O grande circo místico” (2018), inspirado na obra do poeta Jorge de Lima.

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