Vice-campeão estadual no fim de semana, o Atlético Mineiro voltou a decepcionar o seu torcedor. Nesta terça-feira, no Mineirão, perdeu por 1 a 0 para o Nacional do Uruguai, selando a sua eliminação na fase de grupos da Copa Libertadores com uma rodada de antecedência.
O triunfo também classificou o Nacional para as oitavas de final da Libertadores, pois o clube uruguaio chegou aos mesmos 12 pontos do Cerro Porteño no Grupo E, sendo que o time paraguaio ainda vai atuar na quinta rodada da chave, na Venezuela, contra o Zamora, na quinta-feira.
O resultado desse compromisso pode ser importante para uma “consolação” ao Atlético-MG, a obtenção de uma vaga na Copa Sul-Americana, para a qual o terceiro colocado da chave se classifica – o time mineiro ocupa essa posição, com três pontos, enquanto os venezuelanos ainda não pontuaram. E as equipes vão se enfrentar em 7 de maio, na rodada final do Grupo E, com mando do Zamora.
A derrota desta terça-feira foi a segunda do Atlético-MG como mandante na Libertadores e repetiu o roteiro de sua estreia na fase de grupos, quando também caiu no Mineirão e com um gol sofrido no segundo tempo, para o Cerro Porteño. E o cenário agora foi o mesmo, numa partida em que criou pouco, falhou nas chances que teve e ainda deu espaços para o Nacional deixar Belo Horizonte com mais três pontos.
O Atlético-MG voltará a jogar no sábado, quando vai receber o Avaí, no Independência, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. E a expectativa no clube está para a definição do seu novo treinador, pois Levir Culpi foi demitido em 11 de abril, um dia após a derrota por 4 a 1 para o Cerro Porteño, e o time vem sendo dirigido interinamente por Rodrigo Santana, até então técnico dos juniores. E após a recusa de Tiago Nunes, do Atlético-PR, Rogério Ceni, hoje no Fortaleza, é visto como o nome favorito da diretoria.
O jogo
O Atlético-MG buscou adotar postura ofensiva nos minutos iniciais da partida, pressionando a saída de jogo do Nacional. E assim teve êxito em alguns momentos para tomar a posse de bola, mas ainda assim criava poucas chances de gol. E quando a principal oportunidade do primeiro tempo surgiu, o seu artilheiro falhou.
Aos 22 minutos, Rafael García não conseguiu dominar a bola na intermediária, a deixando livre para Ricardo Oliveira. Ele tabelou com Elias, recebeu livre na grande área, mas bateu em cima de Luis Mejía. Chará ainda tentou marcar no rebote, mas Zunino salvou em cima da linha.
No restante da etapa inicial, o Atlético-MG buscou ser intenso nas jogadas pelas pontas, a maior parte delas envolvendo Guga e Chará. Mas pouco criava porque faltava organização para a sua correria, algo que Luan e Elias não conseguiam impor ao time, embora tivessem essa tarefa.
Assim, o primeiro tempo se encerrou sem gols. E o cenário de dificuldade para o Atlético se intensificou na etapa final, pois o time voltou em ritmo mais lento, facilitando a marcação do Nacional, que só precisava do empata para se classificar antecipadamente na Libertadores.
O interino Rodrigo Santana, então, começou a fazer alterações, com as entradas de Vinicius e Terans no setor ofensivo atleticano – ainda sacaria Ricardo Oliveira para apostar em Alerrandro. O time, porém, seguiu sem saber como encontrar espaços na defesa do Nacional, embora tivesse o controle da posse de bola. E ainda passou a exibir nervosismo, tentando apressar as jogadas e errando passes.
Nos minutos finais, o Atlético-MG se lançou ao ataque com todos seus jogadores. E teve o seu destino selado aos 42 minutos. Zunino deu lindo lançamento para Carballo, que havia sido acionado pelo técnico Álvaro Gutiérrez durante a etapa final, entrou livre na área, dominou a bola no peito e tocou por cima de Victor, selando o triunfo do Nacional e a eliminação da equipe mineira, criticada pela torcida sob os gritos de “time sem vergonha”.