A Polícia Militar de Alagoas promoveu o cabo Johnerson Simões Marcelino – acusado de assassinar os irmãos Josenildo e Josivaldo Ferreira Aleixo e o pedreiro Reinaldo da Silva Ferreira durante uma abordagem em 2016 – à graduação de 3º sargento.
A decisão foi publicada no Boletim Geral Ostensivo da corporação e o motivo da ascensão seria invalidez permanente. O militar Johnerson Simões segue preso preventivamente e ainda não há data prevista para o julgamento.
De acordo com o BGO, a promoção do militar atende aos requisitos da Lei Estadual Nº 6.514/2004, que trata das promoções de oficiais e praças da PM/AL e Corpo de Bombeiros. A ascensão do militar foi definida durante uma reunião extraordinária que aconteceu no fim do mês passado.
Também abril, o comandante-geral da PM, Coronel Marcos Sampaio nomeou uma comissão, composta de três oficiais, para apurar se os militares – Allan Costa Bezerra, Johnerson Simões, Luís Fernando Alves, Ronald Allysson Dantas e Jailson Stallaiken Costa Lima – envolvidos no episódio que culminou nas mortes das vítimas, devem permanecer nos quadros da Polícia Militar alagoana.
Entenda o caso
A guarnição do 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM) estava de serviço no dia 25 de março de 2016 no Conjunto Village Campestre quando em uma suposta troca de tiros realizou disparos contra os irmãos Aleixo e o pedreiro.
A única testemunha presencial contou – durante audiência de instrução ocorrida no ano passado – que as vítimas não estavam armadas e que foram agredidas fisicamente durante a revista. Na época, os policiais militares, que participaram da ação, foram indiciados e afastados das ruas, mas apenas um deles, Johnerson Simões Marcelino, foi preso e responde pelos homicídios. Os demais serão julgados apenas por fraude processual.
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