Um dos principais nomes do automobilismo mundial, Niki Lauda morreu aos 70 anos na noite desta segunda-feira, em Viena, na Áustria. O tricampeão da Fórmula 1, nos anos de 1975, 1977 e 1984, e atual presidente não executivo da Mercedes, não resistiu à piora no estado de saúde.
O piloto austríaco realizou um transplante de pulmão em agosto do ano passado e recebeu alta após dois meses internado. No início deste ano, por conta de uma forte gripe, voltou ao hospital, onde permaneceu por dez dias. As primeiras informações apontam que ele teve falência renal.
A carreira de Lauda foi marcada por um grave acidente e recuperações. Em 1976, por exemplo, o então piloto da Ferrari se acidentou em Nurburgring, na Alemanha, e acabou com parte do corpo queimado. A recuperação, porém, foi surpreendente, e seis semanas depois, em Monza, ele retornou para terminar o GP da Itália na quarta posição. No filme “Rush-No limite da emoção”, lançado em 2013, o acidente foi retratado.
Lauda cravou seu nome na história do automobilismo mundial ao vencer a categoria máxima da modalidade tanto pela McLaren (1984) quanto pela Ferrari (1975 e 1977). Ele encerrou sua trajetória nas pistas em 1985.
Após muitos anos afastado da categoria, quando gerenciava sua empresa de aviação, Lauda retornou como consultor técnico da Ferrari nos anos 1990, porém por um breve período. Entre 2001 e 2003 passou pela Jaguar como diretor executivo. Já no final de 2012, foi nomeado presidente não executivo da Mercedes, cargo que permaneceu até os últimos dias de sua vida. A lenda do esporte era figura recorrente no paddock. Na atual temporada ele permaneceu afastado e não acompanhou nenhuma corrida in loco.