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Duas crianças brasileiras morrem durante passeio turístico

Reprodução/Instagram

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“Gritei pedra e todo mundo começou a correr”. O supervisor de loja Diego Marinho viu o momento exato em que duas crianças foram atingidas em um deslizamento de pedras na região de Cajón del Maipo, no Chile, nesta segunda-feira. Khálida Trabussi Lisboa, de 3 anos, e Isadora Bringel, de 7, brincavam na neve, perto de uma enconsta, na subida da montanha de El Yeso, a cerca de cem quilômetros de Santiago. Elas estavam acompanhadas por uma terceira menina, que seria irmã de Khálida, e do pai de uma das crianças. As famílias são de Bacabal, no Maranhão.

Marinho conta que, ao ver a pedra deslizando, gritou para que as pessoas corressem. Turistas que estavam próximo conseguiram puxar a terceira menina antes que ela fosse atingida.

— Era uma rocha mais ou menos do tamanho de um pneu. Ela acabou batendo uma pedra maior e se dividiu em dois pedaços. Nós gritamos para que as pessoas corressem, mas a rocha atingiu as duas meninas — contou. — Como eu estava perto, me entregaram a menina que não se machucou e pediram para que eu cuidasse dela enquanto tentavam resgatar as outras.

O acidente aconteceu na metade do caminho para o topo da montanha, onde é possível ter a visão panorâmica do reservatório de El Yeso. Ainda de acordo com o relato, o pai de Khálida tentou salvar a filha após ela ser atingida — ele tentou reanimá-la, sem sucesso e, então, então, descer a criança até a base da montanha.

— O caminho estava muito escorregadio. Para ajudar o pai a descer a criança, alguns outros homens que estavam perto revezaram para segurar a menina e não correr o risco de tropeçar e cair. Eu estava com a terceira criança, que não foi atingida, e desci com eles — relatou Marinho.

A vítima de 7 anos, Isadora Bringel, foi resgatada pouco tempo depois. Segundo Marinho, na tentativa de salvar a criança, os turistas improvisaram uma maca arrancada do local do acidente para descer a menina — ela teve um dos braços quase amputado.

— O pai dessa segunda criança também disse que era médico e fez uma massagem cardíaca nela. A menina chegou a vomitar muita água, como se tivesse se afogado, mas continuou inconsciente — disse o supervisor.