A seleção brasileira masculina de vôlei segue invicta na Liga das Nações. Depois de três vitórias nos três jogos disputados em Katowice, na Polônia, a equipe verde e amarela estreou na madrugada desta sexta-feira (07.06), na segunda etapa, que acontece no Musashino Forest Sport Plaza, em Tóquio, no Japão, e venceu o Irã por 3 sets a 2. O Brasil bateu os iranianos, líderes do campeonato, com parciais de 23/25, 25/16, 21/25, 33/31 e 15/10.
O ponteiro Lucarelli foi um dos grandes destaques da partida e saiu de quadra como maior pontuador, com o total de 20 acertos – 18 de ataque, um de bloqueio e um de saque. O também ponteiro Leal, que entrou no segundo set, foi o segundo jogador a mais pontuar, com 16 (13 de ataque, dois de bloqueio e um de saque). O oposto Wallace ainda marcou 13 vezes e o central Lucão, 10.
Mas, além dos números positivos, outros jogadores apareceram bem na partida em que o técnico Marcelo Fronckowiak mexeu bastante na formação. Além de Leal, o levantador Thiaguinho, o oposto Alan e o central Flávio – todos de uma geração que está chegando a seleção principal – entraram e foram fundamentais.
Segundo Thiaguinho, o essencial mesmo para a vitória desta sexta-feira foi a força do conjunto. “O Brasil sempre foi conhecido por ter um grupo homogêneo, que surge nas horas difíceis e isso aconteceu hoje. Eles estavam colocando o nosso time em dificuldade, sacando pouco, construindo pouco no contra-ataque e quando eu e o Alan entramos, tentamos trazer um pouco mais de vibração para o time e conseguimos esses contra-ataques que estávamos precisando”, explicou o levantador.
Thiaguinho ainda falou sobre a dificuldade de enfrentar o Irã, que entrou em quadra na liderança. “É um time complicado de jogar. Eles defendem muito, jogam muito rápido, então, sabíamos da dificuldade e foi assim. Foi um 3 a 2, tendo que virar um set muito difícil como o quarto, e esse campeonato é isso. Temos que estar preparados”, afirmou o jogador.
Capitão da seleção brasileira enquanto Bruninho não se apresenta, o central Lucão também comentou sobre as mexidas e o rendimento dos atletas que entraram ao longo da partida.
“Foi um grande jogo. Méritos do Marcelo, que foi muito inteligente em fazer as mudanças, e de toda a equipe, que estava preparada para entrar. Todos que entraram jogaram muito bem – o Thiaguinho, o Alan, o Flávio, Maurício, o Leal – então, o mais importante foi mais uma prova de que temos um grupo muito forte. Isso é fundamental, principalmente em um campeonato tão longo, difícil e com tantas viagens”, analisou Lucão.
O central campeão olímpico fez questão de enaltecer a força do adversário que estava do outro lado da rede. “A equipe do Irã vem jogando muito bem. Fizemos o estudo ontem e sabíamos da dificuldade que seria, principalmente para marcá-los em termos de bloqueio e foi realmente a nossa grande dificuldade até a metade do quarto set. Acredito que vamos ter mais jogos difíceis como esse e, com isso, precisar do grupo todo”, concluiu Lucão.
Comandante da seleção brasileira nesses quatro primeiros jogos da Liga das Nações – o técnico Renan cumpriu uma punição por uma atitude considerada anti-despertiva no Mundial de 2018 – Marcelo Fronckowiak fez uma homenagem após a partida.
“Estou super feliz. Não é uma responsabilidade pequena primeiro substituir um técnico extremamente vitorioso, segundo de uma seleção que está sempre na expectativa de pressão. Tenho que agradecer aos jogadores, o suporte do Renan e de toda a comissão técnica e gratidão é uma palavra interessante neste momento. Além disso, dedico ao meu pai, que faleceu há duas semanas e que sempre foi um incentivador da minha carreira. Sei que ele ia gostar muito de ver isso”, disse Fronckowiak.
O Irã começou melhor e no bloqueio abriu dois de vantagem (9/7). Explorando o bloqueio do Brasil, os iranianos ainda abriram quatro em 14/10. No ace de Lucarelli, o Brasil encostou em 14/15. Mas o adversário voltou a abrir distância em 17/14. A seleção brasileira voltou a colar no placar em 20/21. O set seguiu bem disputado até o final, quando o Irã fechou em 25/23.
O Brasil começou melhor no segundo set e, no ace de Leal, fez 3/1. Com mais um ponto de saque, dessa vez de Lucão, a seleção brasileira chegou a 6/2. Com Maurício Souza, 9/5. Leal marcou 12/6. Quando o placar mostrou 15/8, o Irã pediu tempo. Maurício fez 19/12 para o Brasil. Com Lucarelli, 22/13. E o time verde e amarelo fechou em 25/16.
As equipes empataram em 3/3 no começo do terceiro set. Com Leal, o Brasil fez 8/7. No erro do adversário, 10/8. Lucarelli pontuou três vezes seguidas e a seleção brasileira marcou 16/14. Com ponto de bloqueio o Irã empatou em 17/17. Os iranianos levaram a melhor na reta final do set e venceram por 25/21.
A seleção adversária seguiu embalada e, quando abriu 6/3, o Brasil pediu tempo. Na sequência, o Irã chegou a 8/4. Com ponto de saque, os iranianos chegaram a 12/8. Com Lucarelli, a seleção brasileira diminuiu a diferença para 11/13. No bloqueio de Thiaguinho, 15/16. Irã abriu vantagem, mas Leal colocou o Brasil colado no placar novamente: 20/21. O próprio Leal deu o ponto de empate em 21/21. Flávio marcou 26/15. Maurício bloqueou e fez 29/18. E, no ace de Alan, o Brasil fechou em 33/31.
Embalada, a seleção brasileira começou melhor o set decisivo e, com ponto de saque de Flávio, marcou 5/3. Com Lucarelli, a equipe verde e amarela chegou a 8/3. Em mais um ace, dessa vez com Alan, o Brasil chegou a 10/4. Superior em quadra, a seleção brasileira fechou em 15/10.
O treinador brasileiro conta, nesta primeira etapa da Liga das Nações, com os levantadores Fernando Cachopa e Thiaguinho; os opostos Wallace e Alan; os centrais Lucão, Maurício Souza, Isac e Flávio; os ponteiros Lucarelli, Leal, Douglas e Lucas Lóh, e os líberos Thales e Maique.
A seleção brasileira volta à quadra neste sábado (08.06), às 6h40 (Horário de Brasília), para enfrentar os donos da casa. A partida entre brasileiros e japoneses terá transmissão ao vivo do SporTV 2.
EQUIPE
BRASIL – Fernando, Wallace, Lucão, Isac, Lucarelli e Douglas. Líberos – Thales e Maique
Entraram – Maurício Souza, Alan, Leal, Thiaguinho e Flávio
Técnico: Marcelo Fronckowiak